Com histórico de agressões e castigos abusivos contra o pequeno Anthony Guimarães, que tinha apenas 2 anos, a mãe dele, Karoline Girão, de 23 anos, acusada de tê-lo espancado com uma ripa por ele ter quebrado a maquiagem dela, não demonstrou arrependimento por ter agredido o filho, que acabou posteriormente ocasionando a morte dele.
Enquanto aguardava a liberação do corpo da criança no Instituto Médico Legal (IML), ela justificou ter espancado o filho com a ripa por estar “estressada com algumas coisas”. “No dia que o espanquei com uma ripa eu estava alterada e tinha me estressado com outras coisas”, afirmou Karoline.
Sem expressar nenhum tipo de arrependimento, emoção ou tristeza pela morte do filho, a mulher relatou o que aconteceu no dia que espancou Anthony. “Sim, de fato eu o espanquei com uma ripa. Foi de terça para quarta que bati nele e ele começou a passar mal. Não levei ao hospital, porque dei remédio e ele estava normal. Quando dei comida, coloquei ele de bruços no cantinho dele e então tá. Quando eu voltei, mexi com ele e ele não estava mais respondendo. Ele estava provocando e se sufocando no próprio vômito”, relatou.
Somente na madrugada deste sábado (12), Karoline levou a criança ao Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo. Ao dar entrada na unidade, os policiais de plantão suspeitaram que ela seria a autora do espancamento e acionaram uma equipe da 30ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).
Aos policiais ela confessou as agressões. “Eu agoniada de um lado para o outro e um policial chegou e fez todas as perguntas e respondi normalmente. Todo mundo falando ‘ah, tu matou teu filho’, mas não foi bem assim. Eu dei água e comidinha para ele normalmente”, disse ela, tentando se “esquivar” da culpa das agressões que resultaram na morte do menino.
Vizinhos da criança disseram que Anthony sempre era colocado de castigo na parte de fora da casa e que eles ficavam brincando com o menino para que ele parasse de chorar.
Após a confirmação da morte da criança, a mulher foi detida e levada para a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), porém, após ser ouvida foi liberada e responderá pelo crime em liberdade até que a prisão dela seja decretada pela Justiça.