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Estudo da Ufam mostra que 345 pessoas foram linchadas em Manaus

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Um estudo realizado pelo professor Fábio Magalahães Candotti, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), comprova que a população de Manaus recorre cada vez mais ao polêmico método “fazer justiça com as próprias mãos.” O número de linchamentos na cidade vem crescendo desde 2011 e chega a um total de 345 até 2020.

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Enquanto em 2011 foram registrados cinco linchamentos nas ruas da cidade, no último ano do levantamento de dados, 2020, foram contabilizados 78 ocorrências deste tipo.  De acordo com a pesquisa, a cada três dias, uma pessoa é espancada nas ruas de Manaus.

A pesquisa levantou dados de 500 reportagens de diversos veículos locais e foi financiada pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O relatório conta no site: www.ilhargas.ufam.edu.br.

  • Dos mais de 340 casos de linchamento, 28% das pessoas morreram
  • Mais 70% dos casos de linchamento foram motivados após crimes contra o patrimônio (roubos, furtos, etc.), seguido por  crimes sexuais (assédio, importunação, estupro, pedofília).
  • A maior parte foi de madrugada, usando pedaço de madeira
  •  98% das vítimas foram homens
  •  93% não são brancos, e 55% eram jovens.

“Nossa pesquisa não tivemos casos de pessoas linchadas por fake news. Mas houve sim pessoas “confundidas”, ou seja, pessoas que se tornaram “suspeitas” e foram linchadas. Sobre isso, voltamos ao tema do racismo. No Brasil, hoje, qualquer pessoa negra tem medo de correr no meio da rua, ser “confundida” com um “suspeito” e acabar linchada”, afirma o professor.

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