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Esquema de fraude bilionária no IPAAM envolve filha de Sinésio Campos

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A operação da Polícia Federal que desmantelou um esquema bilionário de fraude no Amazonas que inclui grilagem de terra, exploração de madeira e fraude em  geração de créditos de carbono no Amazonas atingi diretamente Dionísia Soares Campos, filha do deputado estadual e presidente do Partido dos Trabalhadores no Amazonas, Sinésio Campos. Ela é casada com o agora ex diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Julio Valente, afastado do cargo por ordem da Justiça.

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Na operação, batizada de Expurgare, os  servidores públicos foram presos, e Juliano Valente acusado de chefia uma quadrilha que manobra a fiscalização e licenciamento ambiental no estado.

Foram cumpridos ainda mandados de busca e apreensão em endereços vinculados a Dionísia Soares Campos, atual superintendente de Agricultura e Pecuária no Amazonas, cargo dado pelo presidente Lula.

Em nota oficial, o governo do Amazonas afirmou que “não compactua com práticas ilícitas de servidores públicos e destacou que os envolvidos serão afastados e exonerados de seus cargos. A administração estadual também se comprometeu a colaborar com as investigações conduzidas pela Polícia Federal”.

A Operação Expurgare é um desdobramento da Operação Greenwashing, realizada em junho deste ano, que também investigou crimes ambientais, incluindo o “esquentamento” de madeira ilegal. Nesta fase, o foco principal é o suposto esquema de lavagem de ativos por meio da geração de créditos de carbono e exploração ilegal de recursos naturais.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema pode ter movimentado até R$ 1,6 bilhão, valor que está em processo de bloqueio judicial. As investigações estão sendo conduzidas pela Superintendência da Polícia Federal em Rondônia, com apoio de outros estados.

O caso expõe mais um capítulo da luta contra crimes ambientais e a corrupção que ameaça a preservação da Amazônia e seus recursos naturais.

Conforme a PF, a organização criminosa contava com participação de servidores em cargos estratégicos e de direção do Ipaam.

“Esses servidores utilizavam suas posições para facilitar práticas ilegais, como a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento”, cita o comunicado da PF.

Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e duas prisões preventivas, além de sequestro de R$ 20 milhões em bens e valores. Onze pessoas estão proibidas de frequentar o Ipaam. Houve uma busca e apreensão relacionada a um policial militar de Rondônia, conforme balanço da PF sobre a operação.

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