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Espanholas superam inglesas e ensinam ao mundo como as mulheres jogam futebol

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AUSTRÁILIA –  Para entrar nos livros de história! Em 2023, a Espanha se tornou campeã da Copa do Mundo Feminina da FIFA™ pela primeira vez. A seleção conhecida como La Roja venceu a Inglaterra neste domingo (20 de agosto) por 1 a 0 e teve a honra de levantar o troféu da competição em Sydney, na Austrália.

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O título comprova a hegemonia recente da Espanha em diferentes categorias do futebol feminino: a seleção é a atual campeã da Copa do Mundo no sub-17 e no sub-20, além do fato de que o Barcelona – base desta equipe espanhola – ganhou a Liga dos Campeões Feminina da UEFA nas temporadas 2020/2021 e 2022/2023.

Aliás, a Espanha é a terceira nação europeia da história a conquistar a Copa Feminina; as outras duas foram Noruega (1995) e Alemanha (2003 e 2007). O resultado quebra um jejum de 16 anos, tempo que as seleções da Europa passaram longe do troféu.

Do outro lado, o gosto agridoce de orgulho e frustração marcará as jogadoras da Inglaterra e a técnica holandesa Sarina Wiegman, que é vice-campeã da Copa do Mundo Feminina pela segunda vez consecutiva. Há quatro anos, em 2019, a treinadora já havia perdido a final no comando da Holanda, diante dos Estados Unidos.

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E foi com um jogaço!

Os dois times trabalham bem a bola, cada um à sua maneira. A Espanha, por exemplo, segue bem a escola de futebol do país e troca passes com qualidade, em estilo tão vertical (ou mais) quanto o da seleção masculina que foi campeã do mundo em 2010.

A Inglaterra costuma ser eficiente ao avançar em blocos, mas seu jogo depende muito de erros do adversário. O problema é que isso pouco ocorreu nesta final, e as inglesas ainda esbarraram na boa atuação da goleira Cata Coll.

Quando conseguiu finalizar de maneira quase indefensável para a arqueira espanhola, a Inglaterra teve azar e carimbou o travessão. Para piorar, a marcação da Espanha pressionava no campo de ataque e forçava as Leoas a tentarem ligações diretas – não é o forte de um time que costuma fazer a bola passar pelas meio-campistas.

Também havia uma grande goleira com a camisa da Inglaterra, mas Mary Earps, que já havia defendido um chute perigoso de Redondo, não conseguiu impedir o gol da Espanha aos 29 minutos. Com a intensidade habitual da La Roja, Mariona Caldentey avançou e tocou para Olga Carmona, que chutou cruzado e rasteiro para marcar, num contragolpe fulminante – justamente uma das principais armas da Inglaterra. Valeu toda a comemoração da capitã.

E quase houve outra celebração espanhola ainda no primeiro tempo, quando Salma Paralluelo (que estava acostumada a entrar na reta final dos jogos e fazer gols decisivos, mas desta vez foi titular) finalizou com categoria. Mary Earps saltou bem e contou com uma ajuda providencial da trave à sua esquerda.

Uma curiosidade sobre esta edição da Copa do Mundo Feminina é o número recorde de pênaltis assinalados pela arbitragem: foram 27, superando os 26 apitados em 2019. A final seguiu a tendência do restante do torneio e entrou para a estatística.

Afinal, a árbitra foi ao monitor do VAR e constatou toque de mão de Keira Walsh dentro da área. Jenni Hermoso teve em seus pés a chance de ouro de ampliar a vantagem da Espanha e diminuir o sufoco diante das inglesas, mas Mary Earps, gigante, impediu o gol.

Porém, nem a poderosa goleira inglesa, nem a pressão da Inglaterra nos minutos finais conseguiram impedir a Espanha de se tornar campeã da Copa do Mundo Feminina da FIFA pela primeira vez.

O número

Com o título, a Espanha se tornou a segunda seleção da história a vencer a Copa do Mundo da FIFA nas versões masculina e feminina (2010 e 2023, respectivamente). A primeira a conquistar este feito havia sido a Alemanha, que é tetracampeã no masculino (1954, 1974, 1990 e 2014) e bicampeã no feminino (2003 e 2007).

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