O velório da estudante Loranna Figueroa Soares, de 14 anos, que morreu atropelada nesta segunda-feira (17) foi marcado por tristeza e indignação. Custeado de forma comunitária na funerária Leão de Judá, a família da vítima informou que não vai receber ajuda nenhuma da empresa de material de construção do qual o funcionário, Emilio da Silva Castro, estava em horário de serviço dirigindo sob efeito de bebida alcoólica e acabou matando a menina.
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A informação foi dada ainda no velório, nesta terça-feira (18), onde representantes da Materiais de Construção João de Barro manifestaram o pesar pela morte da venezuelana, mas informaram que a família deveria procurar a justiça ou mesmo o motorista se quisessem alguma indenização.
“A empresa se dirigiu aqui para dizer que não iria pagar, que não tinha nada a ver, que a família cobrasse com a Justiça ou com o ‘pobre coitado’ do motorista. A pessoa estava trabalhando em um veículo pesado, numa segunda-feira, horário de almoço e ingeriu um altíssimo teor alcoólico. Ele assumiu o risco”, disse um dos advogados da família, Leonardo Marques.
Emilio da Silva Castro ainda bateu em cinco carros, um deles teve perda total, além do muro da escola. Em seguida, Loranna foi atingida e ficou imprensada. Ela sofreu várias fraturas e estava voltando para casa.
O homem foi submetido ao teste do bafômetro e o resultado apontou teor alcoólico de 0,78 mg/l, número superior ao nível a partir do qual é considerado crime de trânsito. Ele passa por audiência de custódia ainda hoje (18).