O advogado Francisco Charles da Cunha Garcia Junior está sendo acusado de estupro e assédio por uma ex-funcionária do seu escritório jurídico. O caso foi divulgado pela própria vítima na tarde desta quarta-feira (16).
Marcela Nascimento contou que trabalhou como recepcionista por 8 meses e vivenciou momentos de assédio sexual por parte do advogado. A primeira vez ocorreu em fevereiro de 2024, quando ela, ao ser chamada por Charles na sala para entregar uma pasta, quase foi estuprada por ele.
“Ele estava nu. O rosto dele tinha um pozinho branco, o nariz tinha um pozinho branco. Ele puxou pelo meu braço, me levou até a mesa dele. Ele estava vendo aqueles vídeos pornográficos e ele disse assim: ‘não chora, não fica nervosa’. Ele tentou me beijar várias vezes”.
Conforme a vítima, o advogado aproveita o momento que a esposa, também advogada, viajava para São Paulo onde travava um câncer.
Na segunda vez, ele solicitou que Marcela levasse um suco e ao entrar na sala, foi puxada e o advogado e obrigada a praticar sexo oral nele.
“Ele puxou meu braço de novo, me machucou e estava nú. Ele disse pra eu me ajoelhar e disse: ‘faz igual a minha esposa’. Ele queria que eu fizesse o sexo oral nele. Ele empurrava minha cabeça várias vezes. Todas as vezes eu subi ele me machucava. Ele pegava meu celular porque eu não podia gravar nada, não podia me defender”.
Em prantos relatando todo o crime, a mulher relatou que todos os funcionários sabiam e tinha medo de ser morta por Charles, já que toda vez que ela ia na sala, havia sempre duas armas e um pó branco.
O caso foi denunciado na Delegacia Especializada em Crimes contra à Mulher (DECCM), no bairro Parque Dez.
Charles, por meio de nota, negou as acusações e relatou que esta sendo “vítima de extorsão por parte da advogada Adriane Magalhães, que se utiliza de uma ex-funcionária de meu escritório profissional para ganhar dinheiro ilicitamente e alavancar sua candidatura à vaga de Desembargadora reservada à OAB-AM, no Tribunal de Justiça do Amazonas, em futuro próximo”.