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Em busca de votos, Álvaro Campelo justifica faltas, defende CPI vazia e explica briga no trânsito

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Deputado estadual e candidato à reeleição, Álvaro Campelo (PV), conhecido por ser o autor da fracassada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Combustíveis da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), já gastou desde o início do seu mandato R$ 1,3 milhão da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, popularmente conhecida como ‘Cotão’. Ele é o personagem da série Raio-X da política.

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Já em 2019, primeiro ano do mandato como deputado estadual, Campelo utilizou R$ 341.202, 21 da verba total que tinha disponível.

Já no ano seguinte, o parlamentar usou R$ 298.404,89, passando em 2021 para um total de R$ 441.322,37 do cotão.

Este ano, em plena campanha, o parlamentar já gastou até junho deste ano o valor de R$ 253.451,01.

CPI E DECEPÇÃO

Álvaro foi quem propôs a criação da ‘CPI dos Combustíveis’, realizada na Aleam de abril a agosto de 2019.

A promessa de revelar a existência de um cartel não deu em nada. Os membros da CPI alegaram que durante as investigações obtiveram apenas indícios de um possível alinhamento de preços.

Diante da falta de resultados práticos da CPI dos Combustíveis, o deputado Álvaro Campelo vem sofrendo críticas nas redes sociais desde.

“A CPI apontou para cartel de combustíveis e vou repetir em alto e bom som: a CPI apontou para conluio, entende-se: cartel”, disse na época o parlamentar.

Na prática, os cidadãos não viram e não sentem no bolso qualquer benefício proveniente da CPI.

Críticas

No mesmo dia da apresentação da conclusão dos trabalhos, o atual vereador e na época, interino da Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor e Ouvidoria, Rodrigo Guedes, criticou a condução da CPI e acusou os deputados de terem feito uma encenação.Para Guedes, a CPI terminou em ‘pizza’, porque foi um teatro. O vereador disse, na ocasião, que a Comissão não utilizou todos os instrumentos que possuía para levar as investigações a fundo. O parlamentar apontou que os membros “sequer tentaram”, fazendo uma brincadeira e uma farsa com a população.

Os deputados-membros da CPI eram: Joana Darc (presidente), Alessandra Campelo (relatora), Abdala Fraxe, Fausto Júnior e Álvaro Campelo, autor da Comissão.

De acordo com nota da assessoria do deputado, a CPI fez mais de 20 visitas a postos, mas não conseguiu ir além, uma vez que isso dependeria “de ferramentas de investigação, como por exemplo, escutas telefônicas e registros fotográficos”.

O deputado também defende que a Comissão fez pelo menos seis recomendações a diversos órgãos do Estado. “Não se percebeu mais o alinhamento evidente e constante de preços” em Manaus após a CPI, ele defende.

Briga de trânsito

Em fevereiro de 2018, quando ainda era vereador, Campelo se envolveu em uma confusão no trânsito com policiais militares.

Após ser parado numa blitz, próximo à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o deputado foi multado porque sua esposa estava sem o cinto de segurança. Em seguida, o então vereador ligou para o comandante-geral da PM, da época, Coronel David Brandão, chateado.Um vídeo da abordagem foi divulgado na internet – o que gerou críticas da população ao deputado, afirmando que ele queria ‘dar carteirada’.

Após a afirmação, o coronel Brandão confirmou, em nota à imprensa, que Campelo foi multado.

A nota da corporação dizia, também, que ao ser parado na blitz, o deputado começou a buzinar, não queria apresentar os documentos e acelerou. Tudo documentado em nota.

Nota

“O Comando-Geral da Polícia Militar informa que o vereador foi multado por descumprimento do artigo 167 do Código de Trânsito Brasileiro. O auto de infração TD0004485 foi emitido de forma eletrônica às 20h24 da noite de sábado (17/02), durante blitz da Operação Catraca, realizada pela Polícia Militar na Avenida General Rodrigo Otávio. A Operação é voltada à fiscalização dos ônibus do transporte coletivo, com foco na prevenção de assaltos.

Segundo a equipe policial que trabalhava na ocasião, o carro do vereador estava atrás de dois ônibus que foram parados para abordagem. Assim como ele, outros quatro veículos de passeio e duas motocicletas foram parados, naquela ocasião.

Contudo, o vereador teria começado a buzinar. Quando os policiais se aproximaram e pediram a documentação, ele teria se recusado e acelerado o veículo. A passageira estava sem cinto, deitada na cadeira rebaixada. Naquele instante, o vereador foi notificado da infração, mas não quis assinar a multa.

É importante ressaltar que, assim como qualquer cidadão, o vereador pode recorrer e apresentar defesa na Junta Administrativa de Recursos de Infração (JARI). Denúncias sobre a conduta de servidores da Segurança Pública devem ser feitas na Corregedoria-Geral, localizada na sede da SSP, no shopping Via Norte, Nova Cidade.

O Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel David Brandão, reafirma sua total confiança na tropa de policiais militares que serve à sociedade amazonense e enfatiza que a atividade dos policiais militares é exercida com total independência e respeito às leis.”

Faltas demais

O deputado é um dos que mais faltou às sessões da Aleam em 2022, segundo dados que podem ser consultados no site da Aleam.

Até o início de junho, Álvaro esteve presente em 28 sessões e ausente em 19. A assessoria do parlamentar justifica que ele estava de licença médica para tratamento de saúde, conforme atestado protocolado junto à Mesa Diretora da Assembleia.

Agora, o parlamentar parte para mais uma campanha, na qual tentará se manter mais quatro anos no poder.

Com a palavra, o povo.

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