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Gari amazonense é aprovado em 1ª fase de concurso para escrivão de Polícia Civil, em Alagoas

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Ele é autista e possui deficiência auditiva e não viu na sua condição de saúde um empecilho para correr atrás de seus sonhos.

O gari Wellington Gomes, de 28 anos, que é mais conhecido como “gari concurseiro”, concilia a profissão com os estudos para conquistar o sonho de se tornar escrivão de polícia. E o sonho está perto de ser conquistado. Nesta semana, ele recebeu a notícia de que passou na primeira fase para vagas PCD do concurso de escrivão de Polícia Civil de Alagoas.

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O jovem, que é autista e possui deficiência auditiva, estuda há 10 anos para concurso público. Ele que mora em Manaus já viajou para realizar provas no Ceará, Roraima e Pará. “Eu tenho o sonho de ser escrivão de polícia, relatar as ocorrências e servir a população”, disse Wellington.

Para a mãe do concurseiro, Natalina Freire, que é enfermeira concursada, a notícia da aprovação foi recebida com bastante alegria. 

“Eu estou muito feliz, é uma felicidade tremenda, abracei tanto ele, chorei porque acompanhei a batalha dele, acompanhei a batalha do dia a dia, ele trabalhando e estudando, não é fácil a profissão dele, eu sempre falei que ele teria o meu apoio, e ele sempre acreditou nele, mesmo quando todas as forças eram contrárias”, disse a mãe orgulhosa e emocionada.

Sacrifícios e objetivos

Welligton trabalha arduamente todos os dias e é no intervalo que ele ‘arruma’ tempo para estudar. Com o salário ele paga as tacas de inscrições e viagens para realizar as provas dos concursos em vários estados brasileiros.

O trabalhador já esteve em várias áreas da cidade de Manaus, mas ultimamente está fixo na Ponta Negra. Ele conta que enquanto faz a limpeza, ao fone de ouvido fica ouvindo aulas de cursos preparatórios.

É de família

Wellington tem dentro de casa a maior inspiração: a mãe dele. Natalina Freire, de 47 anos, é enfermeira concursada e até hoje continua estudando para outros concursos.

Devido as condições de saúde dele, a enfermeira sempre o incentivou a seguir seus objetivos e não desistir pelo que os outros falassem dele.

“Eu sempre dei painéis para ele e disse que ele era capaz, que ele ia conseguir. Se precisar eu te ajudo, mas você é capaz de conseguir as tuas coisas”, disse. “Quando ele começou a procurar emprego ele enfrentou muito preconceito. Nossa, eu sofria tanto, e dizia: filho você tem que trabalhar, você é capaz, você consegue, pra ele não ficar olhando para as limitações dele”, completou.

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