Ao todo, 12 ex-pastores da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) são investigados por fazerem parte de um esquema milionário para desviar dinheiros de dízimos e ofertas de fies, em Brasília. A denúncia partiu da própria igreja, que demitiu os líderes religiosos.
O caso é investigado pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), da Polícia Civil do Distrito Federal. A suspeita da igreja é que o grupo era liderado pelo ex-pastor regional Nei Carlos dos Santos, e teria desviado cerca de R$ 3 milhões.
De acordo com a própria igreja, os investigados teriam criado empresas em Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina para lavar o dinheiro desviado, que teria partido principalmente do “Culto dos 318”, que é voltado para empresários que desejam melhorar a situação financeira.
Multiplicando?
O suposto líder do grupo, o ex-pastor Nei, era líder regional do Distrito Federal. Ele era responsável por lidar diretamente com assuntos financeiros da igreja. Pelo serviço, ele recebia da igreja Universal um auxílio mensal de R$2,9 mil.
Em pouco tempo, Nei conseguiu comprar um apartamento de luxo avaliado em R$ 2,6 milhões e pelo menos três carros, no valor de R$248 mil, cada um.
Em texto enviado aos investigadores do DF, o advogado da Universal acusa os ex-pastores de “operações financeiras (bitcoin) utilizando dinheiro supostamente desviado proveniente dos dízimos e ofertas. Não à toa que investigado e ex-pastores abriram diversas empresas nos últimos meses”.
Procurada, a defesa da Igreja Universal do Reino de Deus disse que não irá mais se pronunciar sobre os fatos, pois pediu segredo de Justiça no processo sobre os 12 ex-pastores.