Após a “facada pelas costas” que o Amazonas recebeu do presidente Jair Bolsonaro (PL), alguns políticos que, anteriormente, deram ao presidente o título de cidadão amazonense, como o deputado estadual Delegado Péricles (União Brasil), criticaram a medida adotada por Bolsonaro, de reduzir o IPI para toda industrial nacional, acabando com as vantagens constitucionais e a competitividade da Zona Franca de Manaus em relação ao resto do País.
Autor da proposta que deu Jair Bolsonaro o título de cidadão amazonense, Delegado Péricles criticou, por meio de nota, a decisão do presidente. “sob hipótese alguma concordaria com qualquer medida que coloque a Zona Franca de Manaus e os empregos gerados por ela em xeque”, disse o deputado bolsonarista.
No entanto, a nota não cita a responsabilidade de Bolsonaro em relação a medida e dá destaque apenas ao ministro da Economia, Paulo Guedes. “encontrar outras formas de estimular a atividade econômica nos outros estados mas que não prejudiquem o Amazonas”. Ele evitou falar sobre o assunto em suas redes sociais.
Outro deputado que é bolsonarista e fez questão de entregar o título ao presidente, Roberto Cidade (PV), usou as fedes sociais para falar sobre o assunto. “Recebo com tristeza e indignação a notícia da publicação, do Decreto nº 10.979, do Governo Federal, que atinge em cheio a nossa Zona Franca de Manaus, quando reduz o IPI para outras regiões do país tirando a competitividade de nosso modelo econômico que deixa de ser atraente para novos investimentos”, disse.
Já o deputado Fausto Jr. (PV) evitou ser direto nas críticas ao Governo Federal. “Entendo as boas intensões do Paulo Guedes em diminuir a nossa carga tributária, mas é preciso cautela nas mudanças. A ZFM deve manter os benefícios que garantem sua competitividade e a preservação de nossa floresta. Perdendo isso, estamos a beira da total destruição da floresta”, disse , por meio de suas redes sociais.
A notícia da medida pegou os amazonenses de surpresa e neste sábado (26) diversos líderes políticos se manifestaram contrários a decisão de Jair Bolsonaro.