Após ser apontada como a causa da saída de Joyce Coelho da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca), a deputada estadual Débora Menezes (PL) afirmou, nesta quinta-feira (16), que não teve relação e que ajudou a especializada por meses. Segundo ela, estão a apontando apenas por ela ser uma parlamentar de “direita”.
O anúncio da delegada pegou a todos de surpresa já que ela é conhecida por um bom empenho nas investigações que prenderam vários abusadores no Amazonas. Os casos ganham repercussão na cidade e a deputada passou a participar de algumas coletivas de imprensa mesmo não tendo relação nenhuma.
Débora, no entanto, diz que participa porque ajudou a Depca, sem especificar quais inquéritos policiais. “A delegada Joyce [Coelho] sempre foi apoiada por mim e ajudei a Depca durante vários meses. Acho legal e incrível o trabalho que ela faz de proteção à criança e adolescente aqui em Manaus”, elogiou a deputada, desmentindo não ter uma boa relação com Joyce.
Justificando o possível motivo de ter sido apontada como pivô do descontentamento e desrespeito falado pela delegada para o jornalista Mário Adolfo Filho, Débora acredita que é o fato dela ser de direita.
Delegada Joyce Coelho pede para deixar Depca e culpa deputada Débora Menezes
“Se [a delegada-titular da Depca] está sofrendo alguma pressão, a certeza não foi de minha parte. E nós precisamos entender, aí já não é novidade para mim, no momento que eu vejo […] falando alguma coisa ao meu respeito já nem é uma novidade para mim. Porque desde o início do meu mandato é isso. Eles sempre vão se incomodar por ser uma deputada da direita”, disse.
A parlamentar citou ainda que outras colegas acompanham ações da polícia, como Alessandra Campêlo (Podemos) e Joana Darc (União Brasil). Alessandra, no caso, foi da polícia e é da Procuradoria Especial da Mulher da Casa Legislativa; Joana é da Comissão de Proteção aos Animais e Meio Ambiente da Aleam e já trabalhava com a causa animal antes de ir para a política. As duas, no entanto, ajudam a denunciar casos que ainda serão investigados.
Débora justifica que o trabalho dela é após a conclusão das investigações, mas mesmo assim participa das coletivas de imprensa. “A polícia termina o trabalho dela de investigar, a gente inicia o nosso trabalho de apoio psicológico, apoio à família [das vítimas de abuso, por exemplo], apoio social e também no momento que a Polícia Civil entende que precisa demandar nossa ajuda, pedindo apoio logístico, aí a gente vai apoiar”, explicou a parlamentar.