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Débora já havia sofrida atentado em junho, mas conseguiu escapar de Gil Romero

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A cada nova revelação da polícia sobre os detalhes do assassinato de Débora da Silva Alves, que tinha 18 anos e aguardava pelo primeiro filho, um menino que seria batizado como Arthur, os requintes de crueldade chocam cada vez mais, e chamam a atenção para como o relacionamento dela – que começou quando ela ainda era menor de idade – com um homem de 41, identificado como Gil Romero Machado Bastista, foi uma serie de ilusões e aproveitamento de um jovem apaixonada.

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Segundo a delegada, ele nunca quis o filho, rejeitou a criança desde o momento que soube que seria pai, inclusive dando remédios abortivos para a menina tomar, como o bebê resistiu, ele começou a traçar outro plano, de apenas acabar com a vida do próprio, mais sim da mãe do feto, para quem ele fazia diversas juras e que daria tudo para ela, apesar deles nunca poderem assumir o romance, já que ele era casado.

“Ele recusava, veementemente, a paternidade. No início da gravidez, ele ofereceu medicamentos abortivos à Débora e, em junho deste ano, tentou contra a vida dela pela primeira vez. Desta vez, a vítima se defendeu com uma faca, sobrevivendo ao ataque. No dia do crime, dia 29 de julho, a jovem saiu para encontrar Gil Romero, com quem pegaria o dinheiro para comprar o berço do bebê, entretanto, não retornou para casa em seguida”, disse.

 

Dinâmica do crime

 

A delegada Deborah Barreiros explica que Gil Romero era proprietário de um bar e, também, trabalhava como vigilante em uma usina. No estabelecimento comercial trabalhava como gerente e motivo pelo qual teria proximidade com Gil Romero, José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como “Nego”, que foi preso na quinta-feira (2).

“Além disso, os dois atuavam furtando os fios da fábrica. No dia do crime, enquanto Gil Romero foi se encontrar com Débora, José Nilson foi para a usina subtrair os materiais. Pouco tempo depois, segundo José Nilton conta em depoimento, Gil Romero apareceu com o corpo da jovem, sem vida e com sinais de asfixia”, disse.

Ainda de acordo com a delegada, ainda em depoimento, José Nilson contou que se sentiu coagido a ocultar o cadáver da vítima. Então, eles colocaram o corpo de Débora em um tonel e o queimaram, desovando-o posteriormente.

“No decorrer dos trabalhos investigativos, identificamos que José Nilson teria participação no ato criminoso. Ele foi localizado e preso na data de ontem, além de ter colaborado com as diligências e relatado onde estaria o cadáver da jovem”, explicou.

O nome da operação faz referência à deusa ‘Hela’, que representa a morte e a fertilidade na mitologia nórdica.

José Nilson responderá por feminicídio, ocultação de cadáver e aborto e ficará à disposição da Justiça.

 

Procurado

Gil Romero encontra-se foragido e, quem tiver informações a respeito do paradeiro dele, deve entrar em contato pelos números (92) 98118-9535, disque-denúncia da DEHS, ou 181, da Secretaria de Segurança Público do Amazonas (SSP-AM).

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