Vivian Guglielmetti, mulher de Robinho, está abalada com o documentário recém-lançado pela Globoplay que mostra áudios e provas que fizeram o ex-jogador ser condenado a nove anos de prisão pelo estupro de uma jovem albanesa de 23 anos em boate de Milão. Casada desde 2009 com ele, ela falou sobre o caso pela primeira vez e diz que o marido é inocente.
Robinho está preso desde 21 de março no Centro Penitenciário de Tremembé, onde cumpre condenação da Justiça da Itália. Vários áudios que a polícia teve acesso e que agora foram divulgados são referentes a grampos telefônicos usados como provas contra o ex-jogador.
Mesmo assim, Vivian está do lado dele. “Eu poderia estar em qualquer lugar hoje com os meus três filhos, sem querer saber desta história. Não, eu estou aqui. Eu vou lutar pela minha família, pelo meu casamento, pelos meus filhos. As minhas questões pessoais de marido e mulher, resolvi lá atrás. O erro foi a traição. Eu fui traída e hoje ridicularizada mundialmente. Mas escolhi lutar pela verdade”, explicou ela, em entrevista ao site Metropoles.
Vivian assume que o marido falou coisas impróprias, mas que o foi dito não era crime. “São horríveis aqueles áudios, são vergonhosos, são imorais. É triste. Me dava raiva porque eu sei quem é o Robinho, de levar as coisas sempre na brincadeira. Na minha percepção, ele tinha tanta tranquilidade de que ele não tinha feito nada, que ele brinca: ‘Ah, que se dane’”, diz.
À Justiça, Robinho admitiu que ele e os amigos mantiveram relações sexuais com a denunciante, mas garante que o ato foi consensual. A mulher do jogador colocou em dúvida a versão dos fatos apresentada pela albanesa.
“Ela alega que, em 22 minutos, ficou com falta de ar, desmaiou, acordou no camarim, que o Robinho e o Alex estão em cima dela. Ela se veste, coloca a roupa toda, vai até o carro, troca de carro, esquece a bolsa”, questiona Vivian. Ela afirma, ainda, ter sido convencida pelo jogador de que não houve estupro.
A defesa de Robinho entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), que julga o recurso. Iniciado no último dia 15 de novembro, o placar está 5 a 1 para manter o jogador preso. Os ministros têm até o dia 26 para formalizarem suas posições.
Vivian disse ainda que achava que o processo ao vir para o Brasil teria um desfecho diferente, mas não foi o ocorreu.
“Caramba, é o nosso país, é o nosso povo. A Justiça brasileira vai ver isso daqui, vai analisar e ver o quanto a gente foi injustiçado na Itália. Não aconteceu. Não quiseram analisar o processo, não quiseram saber”.
Robinho está no pavilhão 1 da a Penitenciária II de Tremembé, desde março deste ano. Na prisão, ele tem o hábito de jogar futebol com os outros detentos e de ler.