O Instituto Mediterrâneo da Infecção do Centro Hospitalar Universitário (IHU) identificou uma nova variante na França. Ele foi denominada como B.1.640.2 e segundo especialistas, esta cepa tem 46 mutações e até o momento só foram detectados 12 casos. Especialistas declararam nesta terça-feira (4) a descoberta da nova cepa que ainda não é associada a um grande risco.
A nova mutação foi descrita em artigo publicado na plataforma medRxiv. Os cientistas afirmam, entretanto, que a descoberta não é motivo para alarme, pois até agora a nova variante não apresenta sinais de que seja mais perigosa que as outras cepas do vírus.
Um conjunto de 12 casos da B.1.640.2 foi confirmado perto da área de Marselha, no sul da França. Os cientistas definem a nova variante como uma “combinação atípica” com 46 mutações e 37 supressões. “Nós realmente temos vários casos dessa nova variante na área geográfica de Marselha. A denominamos de variante IHU. Dois novos genomas acabam de ser apresentados”, escreveu o professor Philippe Colson, chefe do departamento que descobriu a cepa.
De acordo com o artigo, o primeiro caso foi um homem totalmente vacinado que havia retornado em novembro de uma viagem a Camarões, na África. Ele teria apresentado apenas sintomas respiratórios leves.
Testes laboratoriais mostraram que a nova variante possui as mutações E484K, que torna o vírus mais resistente às vacinas, e a N501Y, originalmente descoberta na variante Alpha, associada a maior transmissibilidade. Os cientistas afirmam que ainda é cedo para especular sobre as características virológicas, epidemiológicas ou clínicas da variante.