Os advogados Tallita Lindoso e Cândido Honório Neto, que fazem a defesa dos 12 policiais militares suspeitos na chacina de quatro pessoas no ramal na AM-010, no último dia 21 deste mês, informaram que as prisões aconteceram sem “nenhuma prova de autoria ou participação” deles no crime. A justificativa, segundo a defesa, é “totalmente genérica”.
As prisões ocorreram no dia 23, pela juíza Dinah Fernandes, a pedido da Polícia Civil após vídeos divulgados na internet mostrarem uma abordagem dos policiais feita às vítimas horas antes delas serem encontradas mortas. Em seguida, os PMs foram afastados das funções pelo próprio batalhão.
“Até o momento, não se sabe o porquê da necessidade de suas prisões para com as investigações, já que nem a autoridade policial e nem a autoridade coatora informam, limitando-se a justificativa de que é imprescindível as investigações de maneira totalmente genérica”, informaram os advogados Tallita e Cândido Honório Neto.
Na decisão da juíza, ela afirma que a medida é a mais “propícia” para que se esclareça a participação dos agentes. Em um dos trechos, ela diz que “os fatos não estão totalmente esclarecidos, com potencial risco de fuga e/ou destruição dos apetrechos utilizados para o cometimento do crime”.
A magistrada também autorizou busca e apreensão nas residências dos agentes, o acesso aos celulares deles, notebooks e pendrives. A justiça também quer os extratos de ligações feitas e recebidas.