Segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), entre 2017 e julho de 2024, 900 pessoas perderam a vida em decorrência de agressões físicas no Estado.
Este ano, o Painel de Indicadores Criminais da SSP-AM registrou, entre janeiro e julho, 88 mortes por agressão física na capital e no interior do Amazonas.
Estudo de perfil
Um estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) apontou que, entre 2011 e 2020, ao menos 345 casos de agressão física com morte foram registrados no Amazonas. O foco da pesquisa são as cidades de Manaus, São Luiz (MA) e Vitória (ES).
Quanto ao perfil das vítimas de linchamento, a pesquisa revelou que 98% eram homens, 93% não brancos e 55% eram jovens.
De acordo com os dados policiais, as vítimas mais frequentes de agressões fatais têm entre 35 e 64 anos, totalizando 279 crimes (31%). Na faixa de 18 a 24 anos, houve 180 casos (20%), e entre 30 e 34 anos, foram registrados 128 linchamentos (14,22%).
Caso Jones Mota Lopes
O caso mais recente ocorreu em 27 de agosto deste ano, quando Jones Mota Lopes, de 55 anos, foi linchado na avenida Autaz Mirim, zona Leste de Manaus. Após um acidente de trânsito no bairro Armando Mendes, ele foi agredido até a morte por um grupo de motociclistas.
Dias após o crime, Ayan Ferreira e Francisco de Oliveira Galvão Neto se entregaram à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), enquanto Klinger Luan Ferreira Costa, de 23 anos, conhecido como “Ferreirinha”, foi preso pela polícia. Os três passaram por audiência de custódia e tiveram suas prisões mantidas, segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
