Após o agente de portaria Caio Claudino de Souza, de 25 anos, ter a prisão temporária convertida para preventiva, a defesa do suspeito de matar a servidora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Silvanilde Ferreira pediu à justiça a reconstituição do crime.
De acordo com o advogado do suspeito, Samarone Gomes, o pedido é para ser possível montar a defesa de Caio, que chegou a confessar ter matado a vítima com uma facada, mas após a prisão negou. Ele alegou que estava sob forte efeito de entorpecente quando deu a declaração.
“Pedimos acesso à cena do crime para visualizar [os elementos] e também a reconstituição. Além disso, pedimos acesso às informações dos policiais que efetuaram a prisão do Caio, além de dados sobre onde foram coletadas as digitais dele, se informaram à justiça sobre a sua prisão e se também voltaram à cena do crime posteriormente”, disse o advogado.
No último dia 21 de junho, a Justiça do Amazonas converteu a prisão temporária de Caio Claudino em prisão preventiva. Por ter sido um crime hediondo, a prisão temporária tinha um prazo de 30 dias e poderia ser prorrogada por mais 30 em caso de extrema e comprovada necessidade.
Agora, com a mudança para a prisão preventiva, não há um limite específico para o tempo de recolhimento do suspeito, mas a medida precisa ser revisada pela justiça a cada 90 dias, sob pena de se tornar ilegal.
O inquérito policial, feito pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) ainda não foi encaminhado à justiça, segundo Ricardo Cunha, titular da especializada. No entanto, para a polícia, não há dúvidas que Caio cometeu o assassinato.