Os dois acusados pela morte da artista venezuelana Julieta Hernández, assassinada em dezembro de 2023 em Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas, foram condenados pela Justiça nesta quinta-feira (16). Thiago Agles da Silva recebeu pena de 41 anos e 3 meses de reclusão, e Deliomara dos Anjos Santos, 37 anos e 11 meses, ambos pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver. A sentença foi proferida pela juíza Tamiris Gualberto, que manteve a prisão preventiva dos réus para o cumprimento imediato da pena em regime fechado.
De acordo com o processo, o crime ocorreu no Espaço Cultural Mestre Gato, onde Julieta havia pernoitado antes de seguir viagem para Roraima. O casal abordou a vítima com o intuito de roubar o celular, mas a situação evoluiu para violência extrema. Segundo as investigações, Thiago rendeu a artista com uma faca, enquanto Deliomara, tomada por ciúmes, jogou álcool e ateou fogo. Em seguida, a vítima foi enforcada e enterrada em uma cova rasa nos fundos da casa onde o casal morava.
O Ministério Público havia denunciado os dois também por estupro, mas a acusação foi rejeitada por falta de provas. O laudo pericial não confirmou o abuso sexual e nenhuma testemunha conseguiu comprovar o crime. A Justiça destacou que as penas aplicadas foram definidas individualmente, levando em conta a gravidade dos atos e a conduta de cada réu.