Rio de Janeiro – RJ| O laudo da reprodução simulada, realizado na quinta-feira (01), no apartamento da família, pode fazer com que as IBGE da morre do menino Henry avance. A polícia já trata a mãe, Monique e o padrasto, Doutor Jairinho, como investigados pela morte da criança.
Nesta quinta, durante cerca de quatro horas, os agentes encenaram no apartamento o que pode ter acontecido na madrugada de oito de março. O laudo deve sair daqui a uma semana, com informações que vão determinar o rumo do inquérito.
O perito Nelson Massini explica que as simulações, usando um boneco com peso e altura semelhantes aos do menino Henrytestaram as possibilidades para a causa das lesões encontradas na autópsia;
O laudo do médico legista descreve que a criança sofreu múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, “grande quantidade de sangue no abdômen”, “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”.
As simulações desta quinta levaram em conta os depoimentos com as versões do padastro e da mãe da criança.
As hipóteses de quedas acidentais no quarto onde Henry estava são:
• Um pulo da escrivaninha
• Uma queda da poltrona
• Um salto da cama para o chão
• Ou uma queda da própria altura.
“A pericia vai aceitar , quer dizer, incluir a possibilidade de as lesoes serem compativeis com a queda de alguma dessas alturas que estão sendo analisadas , ou não. Nós estamos trabalhando entre um acidente, como causa jurídica um acidente, e uma violência, portanto um homicídio”, explica Massini.
“O diferencial está na ação do objeto. Um é objeto passivo, a criança caiu sobre o solo. E no homicídio, o objeto provavelmente foi na direção da criança, que poderia ser um contundente qualquer da casa, ou as armas naturais, soco, chute, mordida, e assim por diante, aquilo que a gente classifica como arma natural”, acrescenta.
Dezessete testemunhas já foram ouvidas pelo delegado que comanda as investigações, inclusive o casal Monique Medeiros, mãe de Henry, e o padrasto, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Doutor Jairinho.
Eles prestaram depoimento, no dia dezoito de março, na condição de testemunhas, mas hoje já são tratados pela polícia como investigados pela morte de criança.
A reprodução simulada não contou com a participação dos dois, os únicos que estavam no apartamento quando o menino morreu.
A defesa alegou que não havia tempo hábil e que eles estão abalados emocionalmente – Monique , em depressão profunda , estaria em tratamento.
A investigação também busca informações sobre as conversas do casal na madrugada e na manhã de oito de março.
Não há ainda previsão para a conclusão da perícia nos telefones da mãe e do padastro de Henry. Esta análise vai usar uma tecnologia capaz de recuperar mensagens que foram apagadas.