O líder da banda gospel Família Seven revelou nas redes sociais que a apresentação não foi realizada na 29ª edição da Marcha para Jesus em Manaus, neste sábado (10), porque eles sofreram preconceito. Cleudivaldo, mais conhecido como “Vieira Seven”, acusa o pastor Valdiberto Rocha, presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Amazonas (Omeam), de impedir a apresentação porque os filhos dele têm cabelo comprido e são roqueiros.
A banda é de pop-rock gospel e formada por Vieira, a esposa, os quatro filhos e uma filha. O estilo de cabelo usado e o estilo musical da banda teria incomodado o pastor, além das vestimentas. “Estive com o presidente (Valdiberto) e ele falou sobre a questão do rock e do cabelo dos meus filhos”, disse Vieira.
Com isso, a família teve prejuízo já que ensaiou em estúdio, alugou equipamentos, fora a frustração das crianças. Segundo o líder da banda, a Omeam está ainda mais radical e já havia indicado não aceitar certos comportamentos.
“Em um dos cafés da igreja Renascer, nós tocamos lá e meus filhos foram discriminados por dois pastores. Eles ficaram com trauma porque são acostumados a ter o cabelo grande, eles gostam”, disse o pai.
Vieira contou que durante a Marcha para Jesus a família foi jogada para lá e para cá, sempre recebendo desculpas para não tocar. Depois, Valdiberto teria dito que eles iriam tocar logo após Aline Barros, o que seria impossível. “Quando ela saísse, as pessoas iriam embora e os donos do som iam desligar e acabar o show”, disse o músico, que acredita que o pastor estava debochando.
A Omeam não se manifestou sobre o assunto. Essa é a segunda vez que o pastor viraliza. Durante divulgação do evento, ele chegou a falar que autistas haviam “se curado” ao participarem da Marcha para Jesus.
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