Adeilson Duque Fonseca, conhecido como “Bacana”, teve sua prisão preventiva revogada na terça-feira (17) pelo Poder Judiciário do Amazonas. Ele estava preso desde 7 de dezembro de 2024, acusado de agredir violentamente o cantor e compositor Paulo Onça durante uma discussão de trânsito no bairro Praça 14 de Janeiro, na Zona Sul de Manaus. O artista, de 63 anos, morreu em 26 de maio deste ano após permanecer cinco meses internado em decorrência dos ferimentos sofridos na agressão. Ele chegou a ter o crânio afundado.
O acusado foi liberado para cumprir medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica por 200 dias, participação no projeto Reeducar e a obrigação de manter distância dos familiares da vítima. “Bacana” já foi solto pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e, nesta quarta-feira (18), compareceu ao cartório para assinar o termo de compromisso com as condições estabelecidas pela Justiça.
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) recorreu da decisão, solicitando a manutenção da prisão preventiva. Em seu recurso, a instituição classificou o acusado como “extremamente perigoso” e afirmou que sua soltura pode gerar “um forte sentimento de impunidade e de insegurança” na sociedade.
Segundo as investigações, após a agressão, “Bacana” teria abandonado o local sem prestar qualquer socorro à vítima. Paulo Onça foi encontrado gravemente ferido e não resistiu aos ferimentos meses após internação. O acusado responde pelo crime de homicídio qualificado, e o processo continua em tramitação na Justiça.