“O Amazonas vai de mal a pior e a nossa Zona Franca está à beira do abismo”, foi assim que o ex-prefeito de Manaus e pré-candidato ao Senado da República, Arthur Virgílio Neto (PSDB), resumiu o novo decreto do governo federal que amplia de 25% para 35% a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), além zerar a alíquota da indústria de concentrados de refrigerantes. Isso porque as medidas reduzem drasticamente a competitividade do que é produzido no Polo Industrial de Manaus (PIM).
“São medidas politiqueiras e que não ajudam a economia do país, como insistem em dizer. Aumenta ainda mais a inflação e, no meu Estado, vai aumentar o desemprego, a fome e, não duvidem, vai refletir também sobre a floresta”, escreveu Arthur Neto em sua conta no Twitter. “Se nada for feito, a tendência é de que muitas empresas, sobretudo do polo de concentrados, deixem nosso Estado” alertou.
Arthur, que já foi senador e ficou conhecido como uma das vozes mais fortes em defesa do Amazonas e da Amazônia, cobrou uma postura mais enérgica dos atuais representantes políticos do Estado. “Dirijo-me ao governador e aos integrantes da bancada do Amazonas na Câmara e Senado: o que estão fazendo para reverter isso? Ou carregarão em vossos currículos o estigma de chancela ao fim da Zona Franca?”, questionou.
Ações Judiciais
Desde a primeira redução do IPI proposta pelo ministro Paulo Guedes, Arthur buscou na justiça soluções que pudessem barrar o decreto. Ao todo, já são quatro medidas: duas no Supremo Tribunal Federal (STF), uma delas assinada conjuntamente com o PROS; e outras duas na Justiça Federal, tendo ainda a participação do vice-governador Carlos Almeida.