Uma decisão polêmica no Amazonas causou a reação do Ministério Público nesta segunda-feira (24). Um soldado do Comando Vermelho, preso com arma em Manacapuru, foi mandado de volta para casa após ser preso em flagrante e se declarar membro da facção.
Ele foi pego na Operação Caiman, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas na Comunidade do Jacaré. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) apresentou recurso contra decisão que determinou o uso de tornozeleira eletrônica para um dos presos na Operação Caiman, da Polícia Civil do Amazonas.
A decisão foi proferida durante audiência de custódia realizada no sábado (22/7). O suspeito que não teve o nome revelado está livre, mas o MP defende a prisão preventiva do indivíduo pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse de arma de fogo.
Em depoimento, o custodiado declarou pertencer ao Comando Vermelho e que usava o armamento para fazer a segurança do local. Durante a abordagem, a Polícia foi recebida a tiros e dois indivíduos fugiram. No local do flagrante foram encontradas drogas, balança de precisão e dinheiro, além de uma arma de fogo caseira.
“Na audiência de custódia, solicitamos a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva ante a periculosidade dos agentes, visto que a Polícia foi recebida a tiros, houve abalo à ordem pública, mas o Juiz Plantonista entendeu que o uso de tornozeleira eletrônica seria suficiente. Considerando os requisitos da prisão preventiva presentes no caso, decidimos por recorrer dessa decisão”, afirmou a Promotora de Justiça Tânia Maria de Azevedo Feitosa.