Alan Sérgio Martins Batista, conhecido como “Alan Índio”, foragido da Justiça e apontado como principal líder do Comando Vermelho no Amazonas (CV), é apontado pela Polícia Federal de comandar o grupo de quatro advogados presos em Manaus nesta quinta-feira (6). As investigações da Operação Xeque-Mate indicam que os profissionais, detidos em nova fase da operação, atuavam como elo de comunicação direto com o criminoso, repassando suas ordens para o interior do sistema prisional e para pontos de tráfico no estado.
Advogado do CV é pr3s0 e mais três são alvos de operação da PF em Manaus
De acordo com as apurações, os advogados utilizavam seu acesso privilegiado aos presídios para transportar bilhetes, instruções criminosas e valores financeiros, mantendo Alan do Índio na liderança da facção mesmo à distância. O traficante, que atualmente se esconde em uma comunidade do Rio de Janeiro, recorreu a cirurgias plásticas e documentos falsos para dificultar sua localização pelas autoridades.
Estrutura financeira sofisticada
A operação revelou que Alan Índio comanda um esquema internacional de tráfico e lavagem de dinheiro que movimenta centenas de milhões de reais. A organização utiliza empresas de fachada e uma fintech chamada “Carto” para simular transações legais, além de criptomoedas para recebimento de drogas enviadas por traficantes colombianos.
Integrante do conselho de 13 líderes do Comando Vermelho, Alan já havia sido preso em 2017 por negociação de armas. Após ser solto, intensificou os métodos para evitar reconhecimento, alterando a própria aparência com procedimentos estéticos. A primeira fase da operação, em outubro, teve como alvo seu núcleo financeiro e resultou na prisão de sua esposa, além do bloqueio de R$ 122 milhões em bens do grupo.


