Ivone Dantas Fernandes, de 25 anos, assassinada a tiros na saída do bar Caritó, na avenida Via Láctea, bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus, tinha envolvimento com o tráfico de entorpecentes. A informação foi repassada pela delegada Marília Campello, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (21) sobre a prisão de Elzo Aquino Feleol, integrante de uma facção criminosa.
Suposto traficante é preso em Santarém pelo assassinato de jovem na saída do Caritó
O homem, segundo a delegada, estava em Manaus desde meados de novembro e tem envolvimento com o tráfico no Pará. Com ele foi apreendido cinco armas de fogo, entre eles dois fuzis, e a polícia acredita que o armamento seria para a prática de crimes em Manaus, incluindo o assassinato.
“Ele veio com missões de ceifar a vida dessa vítima e cometer outros crimes. Ele não foi contratado, mas conduziu o veículo que participou do assassinato”, explicou Marília Campello, que ressaltou que a possibilidade do crime ter sido em decorrência de um ex-namorado abusivo foi descartada.
“Não temos a informação de que ela era de organização criminosa, mas ela estava traficando”, disse Marília, ressaltando que ainda não ficou claro se alguém estava descontente com a atividade de Ivone ou se ela sabia mais do que devia.
Segundo as investigações, a vítima usava um carro de luxo alugado, um Jeep Compass, de cor cinza e placas QZD-1B61, e havia troca de mensagens dela com pessoas do tráfico de drogas em Manaus, apontando que ela estava vivendo desta forma.
O assassinato
No dia do crime, por volta das 3h30 do dia 15 de dezembro, Elzo estaria dentro do carro usado de apoio no assassinato. Ninguém sai do veículo, mas ele estaciona na calçada de uma farmácia e recebe informações de dentro do bar sobre a movimentação da jovem.
Ivone foi atingida na saída com 14 disparos, segundo a polícia, e apesar do namorado ter sido também atingido, ficou comprovado que apenas ela era o alvo. Ambos estavam dentro do veículo conduzido por ela quando o pistoleiro, ainda não identificado, veio numa motocicleta, fez os disparos e fugiu.
Elzo Aquino foi preso mediante prisão preventiva e está à disposição da justiça. As investigações, no entanto, continuam para esclarecer de fato porque queriam que a vítima fosse executada.