Em maio deste ano foram realizados 23.030 exames, com o percentual de positividade de 13,27% das amostras coletadas no estado
O número de exames RT-PCR realizados no Amazonas aumentou 49,23% em maio deste ano, se comparado a abril, quando a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) intensificou a oferta do teste padrão ouro para diagnóstico da Covid-19 nas portas de entrada e ampliou também para serviços ambulatoriais, hospitais e prontos-socorros.
Conforme o secretário de Saúde interino, Silvio Romano, o reforço na testagem é uma das estratégias do Plano de Contingência Estadual para o enfrentamento da Covid-19. “Esse é uma ação para conter a pressão na rede hospitalar, já que visa interromper a cadeia de transmissão do vírus para evitar uma nova subida de casos”, ressaltou.
De acordo com dados do boletim epidemiológico, emitido diariamente pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), em todo o mês de maio foram realizados 23.030 exames RT-PCR, e 13,27% apresentaram resultado positivo, um total de 3.058 diagnósticos da Covid-19. Já em abril, foram registrados 15.432 testes, com 1.901 casos confirmados pelo exame, sendo 12,31% de positividade.
“O que contribuiu para o crescimento da realização dos testes foi o aumento da capacidade do Lacen (Laboratório Central) no processamento de testes. Ampliou-se a capacidade do laboratório, a oferta dos kits para a coleta do exame, a equipe do Lacen capacitou os profissionais das unidades. Conseguimos com isso mudar a estratégia de diagnóstico, intensificando a coleta de RT-PCR com o objetivo de detectar precocemente o vírus, isolar o caso e a família para evitar a disseminação de forma rápida”, explicou a diretora do Departamento de Atenção Básica e Ações Estratégicas (Dabe) da SES-AM, Viviana Almeida.
Segundo a diretora do Dabe, a partir de fevereiro foi iniciado o trabalho, com capacitação e preparação de todas as unidades de saúde do Estado para ampliação do combate à Covid-19 com o rastreio e monitoramento dos contatos com o exame de RT-PCR. Ela afirmou que a intensificação da testagem, e consequentemente o aumento do registro dos casos, não representa aumento de internações pela doença.
“É esperado aumentar os diagnósticos e números de casos, quanto mais ofertarmos o teste. Mas isso não significa que teremos um maior número de hospitalizações e óbitos, porque quando detectamos precocemente é iniciada a conduta correta em tempo oportuno e podemos orientar melhor as famílias”, disse Almeida.
O crescimento da testagem por RT-PCR permite também a ampliação do monitoramento por meio da vigilância genômica, a partir do exame que assegura o sequenciamento genético do novo coronavírus, e o acompanhamento de novas variantes da Covid-19, conforme Viviana.
“O que pretendemos com essas ações também é deixar de utilizar o teste rápido de anticorpos, que não é usado para diagnóstico, só detecta a presença de anticorpos e não a presença do vírus. Continuaremos com a estratégia de monitorar os contatos dos casos confirmados, examinar e testar todas as pessoas que tiveram contato com aquele caso positivo e acompanhar a evolução até que o paciente saia do período de transmissibilidade, que corresponde aos primeiros 14 dias após o início dos sinais e sintomas, e esteja bem clinicamente”, reforçou a diretora.
Conforme a diretora, no interior do estado, o rastreio e monitoramento está sendo executado pelos agentes comunitários de saúde, e, nos municípios mais distantes da capital, está sendo mais utilizada a aplicação de testes de antígeno, que apresentam resultado em 15 minutos.
De janeiro a maio deste ano, foram realizados 99.379 testes RT-PCR no Amazonas. Desses, 29.704 exames confirmaram o diagnóstico positivo para Covid-19 e 69.402 apresentaram resultado negativo. Nos sete primeiros dias de junho, foram registrados 5.219 testes, conforme a FVS-AM.