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Trans assassinada em Parintins era PCD, indígena e teria sido vítima de ‘fake news’ sobre estupro

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A mulher trans Jéssica Hadassa, de 28 anos, que foi assassinada a tiros na noite da última quinta-feira (14), horas após ter sido presa, teria sido vítima de “fake news” na cidade de Parintins, no interior do Amazonas. Segundo a organização comunitária “Juventude Sateré-Mawé”, ela foi acusada de ter estuprado uma menina de 5 anos e a polícia não comprovou o abuso.

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Travesti suspeita de estupro de menina de 5 anos é assassinada a tiros em Parintins

No dia da prisão, Jéssica negou o crime à polícia e foi presa, mas acabou sendo liberada na mesma noite, após o exame de conjunção carnal dar negativo para o abuso. A essa altura, a foto da mulher trans já estava circulando em grupos de aplicativos de mensagens e ela passou a ser caçada pela população revoltada, até que foi encontrada e morta com quatro tiros horas depois.

A organização informou que a vítima, que era indígena, era também Pessoa com Deficiência (PCD), possuindo uma dificuldade na fala, e que foi vítima da falta de “apuração das notícias”. Eles pedem justiça e pediram ajuda da Funai, Ministério dos Povos Indígenas e também da Polícia Civil.

O caso

Jéssica estava morando com uma amiga que tem uma filha de 5 anos. A menina teria se queixado de dores abdominais e estaria sangrando, sendo levada ao hospital da cidade.

Já em casa, a menina teria dito que não queria mais ficar lá e a mãe passou a suspeitar que Jéssica teria feito algo com a menina e acionou a polícia alegando que a criança havia sido estuprada.

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