A Policial Civil Giovanna Nazareno denunciou o delegado Cassiano Ribeiro Oyama, chefe da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas (TO), por assédio. Ela diz que tentou de tudo para evitar a exposição, mas reclama que não tem apoio na PC.
Giovanna diz que trabalhou na 2ª DP, de 2021 a 2022, e que a corregedoria sabe. O caso ocorreu em Palmas, Tocantins. “Fiz 11 pedidos de remoção, fiz remoção por escrito, fiz pedido de remoção no internet, fiquei na DEIC por 3 dias, fui mandada ser retirada igual um cachorro agora há pouco tempo, após um ano de licença médica”
Ela afirma que o delegado “gritou comigo dentro da delegacia dele, mandou eu ir pra fora da delegacia dele, porque eu estava estourada nesse dia e queria contar tudo pra toda a equipe, e pra mim não foi permitido. Eu fui humilhada por esse delegado. Eu fui rechaçada, diminuída a zero. Eu sou agente de polícia. Eu não sou motorista. Eu não sou atendente de telefone”.
Giovanna disse que foi obrigada a fazer café para o delegado.
“Era ordenado que eu fizesse café. Quando eu estava fazendo, ele vinha e ficava se aproximando pelas costas. Imagine segurar a cafeteira quente e a pessoa se esfregando atrás de você. Eu não sou cafeteira pra vagabundo nenhum querer ficar me apalpando, não, entrando na minha sala e botando a ro** pra fora, mandando eu chu***, não, igual ele fez. Eu não fiz isso. Eu tenho um nojo desse delegado”
O delegado nega tudo por meio de nota:
“Essa é uma história que vem se desenrolando desde 2022, quando a servidora, voltando de licença, parece para tentar um pleito eleitoral, procurou a unidade da segunda delegacia, todos os policiais e este delegado de polícia, que é o delegado chefe desde então, para tentar lotação nessa delegacia, que fica muito próximo da residência dela.
Por resistência da equipe, por dificuldade de relação interpessoal com essa pessoa, com essa policial, não foi bem recepcionado isso, e desde então ela começou a criar essa história. Mas antes disso, por várias ocasiões, ela faz todo o esforço para ser lotada na segunda delegacia, a delegacia onde eu trabalho até hoje, sou o delegado chefe.
Então ela fez todo o esforço para ser lotada na delegacia junto comigo. E aí, quando descobre que não será lotada, que essa pretensão é frustrada, ela inicia essa narrativa de que ela sofreu assédio sexual.
Tudo uma grande inverdade, são falácias fantasiosas, e que já existem procedimentos, tanto em fase de sindicância investigativa, quanto na delegacia de assuntos internos da Secretaria de Segurança Pública.
Então esse assunto já está sendo alcançado pelo órgão sensor e dentro em breve tudo será elucidado. Diferentemente até da policial, eu não tenho só discurso, eu tenho conteúdo probatório que prova que jamais, assediei sexualmente essa servidora.
A Secretaria de Segurança Pública também emitiu nota
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informa que no dia 15 de junho deste ano, uma sindicância foi instaurada de ofício pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil para apurar denúncias feitas pela referida servidora em sua rede social. Naquele momento, sem citar nomes.
Ao ser ouvida, ela relatou os supostos assédios e indicou o servidor que seria o autor dos mesmos.
Embora o procedimento seja sigiloso, é importante esclarecer que todas as providências investigativas foram tomadas pela Corregedoria para elucidação da denúncia. A sindicância se encontra em fase avançada e deve ser concluída em breve.
Por fim, a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins destaca que não admite qualquer desvio de conduta por parte de seus servidores, bem como não coaduna com qualquer juízo prévio de culpa.
A Secretaria reafirma o seu compromisso com o estado democrático de direito e respeita os dispositivos constitucionais nos quais o acusado é inocente até prova em contrário, principalmente nestes tempos em que as redes sociais promovem verdadeiros linchamentos morais.
A SSP-TO reafirma ainda seu compromisso com a moralidade e a ética, investigando todos as denúncias recebidas, conforme os ditames da Lei estadual 3.461/2019.
Veja: