O réu César Silva da Costa foi condenado a 40 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado, pela morte da própria companheira, Jucicleia Brito dos Santos, que estava grávida de sete meses. O crime ocorreu em 29 de setembro de 2021. Nessa data, por volta de 22h, Jucicleia deu entrada em uma maternidade, no bairro Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste de Manaus, com hemorragia e sinais de espancamento.
De acordo com o inquérito policial que deu origem à denúncia do MP, em 29 de setembro de 2021, por volta de 22h, Jucicleia Brito deu entrada no hospital. O laudo médico apontou que ela sofreu lesões intra-abdominais e teve anemia aguda hemorrágica por ação contundente.
Segundo consta na denúncia, o casal tinha histórico de violência doméstica, inclusive com testemunhas afirmando que no ano anterior, a vítima sofrera aborto em decorrência de agressões praticadas por César. Quando deu entrada no hospital, César disse que a companheira havia sofrido uma queda no banheiro da residência.
A sessão de júri popular teve início na quinta-feira (17/08) e a sentença saiu no início da noite da última sexta-feira (18/08). O julgamento foi um dos processos pautados para integrar a programação da “da 24.ª Semana Justiça pela Paz em Casa”, realizada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas no período de 14 a 18 deste mês.
Além de testemunhas presenciais, os jurados puderam ouvir depoimentos gravados de testemunhas ouvidas ainda na fase de instrução do processo. Um deles, de uma das filhas de Jucicleia, menor de idade na época do crime. O réu, assim como fez na fase de inquérito e na instrução, negou a autoria do crime, dizendo que tinha um bom relacionamento com a companheira e que a amava.
Com a condenação, o juiz Carlos Henrique Jardim da Silva manteve a prisão preventiva de César e determinou o imediato cumprimento provisório da pena, até o trânsito em julgado da sentença. César está preso desde a época do crime. O processo tramita em segredo de justiça.