Os detalhes revelados pela polícia nesta quinta-feira (10) sobre a morte da grávida Débora Alves são chocantes. Eles foram dados por Gil Romero Machado Batista, de 41 anos, que admitiu se juntar com José Nilson Azevedo da Silva, o “Nego”.
A delegada Deborah Barreiro, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), contou os primeiros detalhes de como ele resolveu queimar a jovem.
“O Gil começou a pensar que se o corpo fosse encontrado com aquela criança, e fizessem o DNA, podiam atribuir o crime a ele. Ele pegou uma faca de cozinha, foi lá de novo onde estava o corpo, extraiu a criança, colocou no saco e no carro dele. Ele trabalhou normalmente até às 6h, ainda deu carona pra um vigilante”
Durante a morte, Débora se debateu enquanto era asfixiada por uma corda usada por ele. Tomado pelo ódio, após dar dinheiro para a moça.
“Gil disse que ela ‘já estava demais’. Que já havia dado R$ 500 para ela, pagado uns exames, mas que Débora queria mais objetos para o filho e que o vigilante o assumisse”, diz Deborah Barreiros.
Depois incendiaram a jovem no local de trabalho de Gil, no Mauazinho. Depois de tudo isso, cortou o corpo dela com a faca da cozinha e tirou o bebê, que foi levado para o rio, dentro de um saco de estopa.
“Ele foi até o Porto do Ceasa, pegou um mototáxi, viu um catraeiro, resolveu atravessar e no meio do rio jogou. Ele disse ao catraeiro que eram restos de obra no saco e ainda pegou outro catraeiro para voltar e foi embora para casa”.
De acordo com o delegado da DEHS, Ricardo Cunha, Ana Júlia Ribeiro foi informada, mas não há provas que ela participou.
“Não temos a comprovação da participação da Ana Júlia. Ela não acreditava que Gil Romero tivesse sido capaz de matar a jovem. Ela só ficou sabendo o que estava acontecendo após a repercussão do caso na imprensa”.