Mais detalhes do depoimento do vigilante Gil Romero Machado Batista, de 41 anos, foram informados pelo delegado Victor Cohen, da delegacia de Óbidos, no Pará, para onde o suspeito foi ao ser preso no município de Curuá. Segundo o delegado, o suspeito acredita que o bebê de Débora da Silva Alves, de 18 aos, morreu junto com ela.
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No depoimento, Gil diz que os comparsas José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como “Nego”, e outro ainda não identificado foram os responsáveis pela morte da jovem. O vigilante disse que quando viu Débora já sem vida, não perguntou nada sobre o filho, que seria dele. “Não perguntei nada, achei que estava tudo junto”, disse ele ao delegado.
Segundo a autoridade policial, Gil alega não ter visto o bebê e acredita que mãe e filho foram queimados juntos. “Sim, porque se não tivesse (ainda no ventre), deveria ter caído sangue por lá, e não tinha nada de sangue. Do jeito que estava jogada lá, acho que o bebê já estava morto dentro dela”, disse o homem.
Nesta quarta-feira (9), os delegados Ricardo Cunha e Deborah Barreiros, titular e adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em Manaus, fizeram uma coletiva de imprensa e deram mais detalhes do que já se sabe.
Há muitas contradições nos depoimentos, diz a polícia, como o fato de Gil negar ter matado Débora. Ele afirma ter pago R$ 500 para Nego e o comparsa darem um “corretivo” na grávida, para ela parar de dizer que estava grávida dele, já que é casado. No entanto, ao chegar no local do crime, ele diz que ela já estava morta.
Já Nego, que foi preso primeiro que ele, diz o contrário: Gil já teria chegado com a vítima morta. Ambos não dão informações sobre o bebê.
As investigações ainda continuam e a DEHS também informou que precisa prender a esposa do vigilante, Ana Júlia Ribeiro, que é considerada foragida. Segundo Ricardo Cunha, ela foi conivente no crime e fugiu após dar um primeiro depoimento à polícia.