O Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+) está reflorestando uma área de 110.521,40 m² na capital amazonense, atividade inédita, que complementa uma série de ações sustentáveis realizadas no perímetro de intervenção das obras. É a primeira vez, em 16 anos de programa, que a recuperação arbórea vai além do paisagismo, nas áreas que serão também contempladas com saneamento, requalificação urbana e construção de conjuntos residenciais. Uma informação que ganha destaque, em especial, pelo Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de Junho).
Executado pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb), o Prosamin+ alcança uma área total de 340 mil m², no Igarapé do Quarenta. Compreende o trecho entre a avenida Manaus 2000, na Zona Sul, e a Comunidade da Sharp, no bairro Armando Mendes, Zona Leste. Um dos grandes objetivos do projeto de reflorestamento inserido no programa é criar um corredor verde, ligando duas unidades de conservação muito importantes: as Áreas de Preservação Ambiental (APA) Floresta Manaós, no Aleixo, e Sauim Castanheiras, no Puraquequara, zona leste.
De acordo o secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, engenheiro civil Marcellus Campêlo, o Prosamin+ cumpre um rigoroso sistema de gestão socioambiental. “As ações são todas executadas em cima de uma programação que busca valorizar a vida, garantir o bem-estar das pessoas e o respeito total à natureza. Atendemos todas as premissas de salvaguardas ambientais, observando as legislações pertinentes”, afirmou.
A meta, segundo ele, é reflorestar 25% da área total beneficiada pelas obras. A UGPE montou um plano de ação que está em pleno andamento, ao mesmo tempo em que as famílias são reassentadas para moradias seguras e as casas do local são demolidas.
Na comunidade da Sharp serão plantadas 12.261 mudas, com um trabalho de reflorestamento que abrange 101.101,25 m². Na Manaus 2000, o objetivo é reflorestar 9.420,15 m², com plantio de 1.231 mudas. São mais de 30 espécies utilizadas, todas nativas, de grande, médio e pequeno porte.
“Além da estabilização do solo, esse processo contribui na contenção das encostas. O que estamos plantando aqui vai também ajudar na descontaminação da água e do solo”, destaca o biólogo José Cintra Rodrigues, responsável pelo projeto nos canteiros de obra.
Animais silvestres
Além da preocupação com a flora, a fauna também é objeto de ações do Prosamin+, que conta com o suporte, nestas ações, de uma equipe de biólogos, agentes ambientais e técnicos de segurança do trabalho. No leito do Igarapé do Quarenta, que compreende as avenidas Silves e Maués, já foram realizados trabalhos de coleta, captura e transporte de animais silvestres. O Prosamin+ já remanejou mucuras, iguanas, cobras e preguiças.
A atividade segue as recomendações do Sistema de Gestão Socioambiental (SGSA) da UGPE. “As obras executadas pela UGPE e financiadas pelo BID cumprem uma série de determinações operacionais e criteriosas, visando diminuir os impactos gerados pelas obras, sejam nas áreas ambientais ou sociais”, ressalta o subcoordenador Ambiental da UGPE, Otacílio Junior.