A passista da escola de samba Acadêmicos da Grande Rio, Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, foi fazer uma cirurgia para a retirada de miomas no útero e acabou com parte do braço amputado. A família acredita em negligência e vai entrar com um processo na Justiça contra o estado do Rio de Janeiro.
Alessandra recebeu o diagnóstico em agosto de 2022 após muitas dores e sangramentos. Por conta do agravamento, foi indicado a cirurgia, mas a espera na fila do SUS durou sete meses. Em fevereiro, ela conseguiu marcar o procedimento cirúgico.
Segundo a passista, ela sofreu uma hemorragia e os médicos removeram os ovários, trompa e útero. Agora, ela está estéril e não pode mais ter filhos como sonhava.
Ainda internada, os familiares notaram que Alessandra estava com as pontas dos dedos escurecidas e os braços e pernas enfaixados. Eles questionaram os médicos, que diziam que ela estava sentindo frio. No entanto, o escurecimento se agravou e ela teve que ser transferida para outro hospital, onde acabou com parte do membro amputado.
Além da amputação, a mulher ficou entre a vida e a morte na UTI, entubada. Para a família, a equipe médica foi negligente e os prontuários médicos já foram pedidos.
Além de ser passista, Alessandra trabalhava como trancista. “Eu quero que os responsáveis paguem, que o hospital se responsabilize, porque eles conseguiram acabar com a minha vida. Destruíram meu trabalho, minha carreira, meu sonho… tudo”, disse.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro afirmou que vai abrir sindicância para apurar o caso.