Um total de 160 toneladas de tambaqui e matrinxã deve ser distribuído até quinta-feira.
O Governo do Amazonas iniciou, nesta terça-feira (30/03), a distribuição de pescado para instituições sociais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade, em razão das celebrações cristãs da “Semana Santa”. Ao todo, serão adquiridas cerca de 160 toneladas de peixes que serão entregues, entre hoje e a próxima quinta-feira (1º/04), às Organizações da Sociedade Civil (OSCs), já cadastradas na rede de assistência do estado.
O recurso para aquisição dos peixes totaliza R$1 milhão, oriundo de destaque orçamentário da Secretaria de Produção Rural (Sepror), por meio do programa “Agro Amazonas”. Durante esta primeira manhã, foram entregues, no Centro de Distribuição da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), no município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), mais de 11 toneladas de pescado, entre tambaqui roelo, tambaqui curumim e matrinxã.
“É o dobro do recurso do ano passado, para a gente garantir para aquelas pessoas que mais precisam, peixes saudáveis da nossa região. É um recurso muito importante também para melhorar a economia no interior. É muito importante essa Semana Santa com a garantia do peixe”, enfatizou o titular da Sepror, Petrúcio de Magalhães Júnior.
“É uma grande ajuda para os pescadores piscicultores na Semana Santa, que é o momento do ano em que mais se consome esse pescado. O pescado está sendo doado àquelas pessoas que estão mais precisando, nesse momento de pandemia também, garantindo uma Semana Santa um pouco mais farta”, acrescentou Michelle Bessa, diretora-presidente da ADS.
O pescado doado está sendo adquirido junto a 45 piscicultores e duas agroindústrias cadastradas na ADS, nos municípios Rio Preto da Eva, Manacapuru, Iranduba, Novo Airão, Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Manaus, Benjamim Constant e Humaitá.
Além da capital, a distribuição será feita em 17 municípios do interior. São eles: Iranduba, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Silves, Itapiranga, Careiro Castanho, Autazes, Manaquiri, Novo Airão, Barcelos, Humaitá, Tabatinga, Benjamim Constant, Atalaia do Norte e São Gabriel da Cachoeira.
Impacto social – As doações estão sendo repassadas às instituições por meio da rede de assistência do estado, composta pelas Secretarias de Assistência Social (Seas), e de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc), além do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS).
“O estado tem mantido uma comunicação direta com essas instituições. São instituições que têm trabalhos sérios, importantes, no apoio às famílias e a toda a sociedade. E, neste momento, o estado vem com essa parceria com essas instituições, para que juntos possamos diminuir o impacto da pandemia na vida dos amazonenses”, destacou a secretária executiva do FPS, Kathelen Santos.
O Movimento Comunitário Vida e Esperança (MCVE), que funciona no bairro Colônia Terra Nova, zona norte de Manaus, e atende crianças e adolescentes na proteção básica, oferecendo atividades lúdicas e de cidadania, oficinas, esportes e cursos profissionalizantes; foi um dos beneficiados com uma tonelada de pescado.
“Essa parceria do estado com as entidades acho que é a forma mais assertiva de chegar às pessoas, às famílias mais carentes, mais necessitadas. Não tem ninguém que conheça melhor a situação dessas famílias do que essas entidades. Parabenizo o estado por essa iniciativa. A pandemia trouxe outras mazelas como fome, falta de emprego e as entidades estão empenhadas em fazer essa assistência, principalmente a famílias mais vulneráveis”, observou Janiel Oliveira, coordenador do MCVE.
Entre os beneficiados na manhã desta terça-feira (30/03), também estava o Centro de Solidariedade São José/ Escola Agrícola Rainha dos Apóstolos, que oferta curso técnico e Ensino Médio para adolescentes no quilômetro 23 da BR-174. A instituição recebeu meia tonelada de pescado.
“É de uma importância imensa, porque vai favorecer a alimentação dos nossos alunos internos. Esse peixe vem agora, no período de Semana Santa, nos ajuda para facilitar a alimentação e aquilo que, por ventura, sobrar, nós tentaremos ajudar as famílias que estão no entorno da escola, na BR-174”, afirmou Celso Batista, diretor da instituição.