Cerca de 21 mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos na operação “Cama de Gato”, da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (2) em Manaus e Eirunepé (a 1.160 quilômetros a sudoeste de Manaus). Um dos alvos é o prefeito de Eirunepé, Raylan Barroso.
Segundo a polícia, um grupo criminoso ligado à cúpula do Poder Executivo desviou mais de R$ 10 milhões em contratações fraudadas na área de saúde da cidade do interior do AM durante a pandemia de Covid-19.
Os alvos são pessoas físicas e jurídicas, dentre elas agentes políticos, servidores públicos, familiares e terceiros. Os crimes praticados foram desvio de recursos, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Conforme a PF, as investigações iniciaram em abril de 2021, mas as fraudes ocorreram no pico da pandemia, desde 2020. Em um dos contratos, a prefeitura de Eirunepé pagou 150 mil máscaras de proteção com o valor mais do que o dobro do cobrado em todo o estado do Amazonas. Além disso o quantitativo adquirido equivale a cinco vezes o contingente populacional da cidade.
Os envolvidos usavam empresas fictícias ou de fachadapara conseguir as verbas federais. Os nomes dos outros suspeitos não foram informados.