Já era madrugada quando a apresentadora Sabrina Sato entrou no Sambódromo de São Paulo, neste sábado (18), fantasiada de Dragão de São Jorge. A rainha de bateria, no entanto, foi acusada de “exaltar o diabo” e de heresia.
Toda trajada de vermelho, coberta por escamas e com asas nas costas, a roupa é uma referência ao dragão derrotado por São Jorge na história católica. O santo é ainda padroeiro do Corinthians e inspirou a bateria da escola.
No entanto, as inspirações de religiões de matriz africana, muito relacionados a São Jorge, foram criticadas. “Satanás está solto, pensei na vinda de Cristo hoje, muitos ficariam”, diz uma mulher. “Que fantasia mais horrenda”, comentou outra. “De Deus não se zomba”, escreveu um homem.
A escola entrou com o samba-enredo “Em nome do pais, dos filhos, dos espíritos e dos santos… Amém”, propondo o fim da intolerância religiosa, o que acabou acontecendo o contrário.