Armados, mentindo e torturando um idoso de 67 anos. Assim dois policiais civis do Amazonas foram presos na última quarta-feira em Caracaraí, Roraima, suspeitos de algemar e agredir o irmão de um PM do estado vizinho.
Sob pretexto de prender um caminhão carregado de minério, os agentes
46 e 47 anos teriam sequestrado a vítima, que foi resgatada ferida pelas algemas apertadas nos braços, além levar tapas e choques no tórax.
Agentes do 1º Pelotão da 2ª Companhia de Policiamento Independente de Fronteira (2ªCIPMFron) prenderam os suspeitos, que mentiram sobre a suposta operação.
Com eles foram apreendidos uma arma e 30 munições calibre 556 com carregador, uma submetralhadora e 30 munições calibre. 40 com dois carregadores, duas pistolas, 63 munições e carregador de pistola 9 milímetros, uma granada de efeito moral, uma arma de eletrochoque, um canivete, uma algema, um par de coletes balísticos, um lado de colete balístico, duas capas de colete e uma pistola 9 milímetros.
De acordo com o irmão do idoso os policiais chegaram de Mitsubishi L200, se identificaram como policiais civis e pediram informações sobre as vicinais da região, em busca de apartar uma briga.
No caminho ele foi algemado e torturado. Depois teria sido ameaçado com tapas e choques, enquanto exigiam o seu celular, que acabou entregue.
Cadê o caminhão?
O autônomo disse ter sido torturado a dar informação sobre um caminhão graneleiro que, segundo os supostos policiais, transportava cassiterita e teria sido furtado no último domingo.
Após muita tortura a vítima teria sido liberada e recebido mais R$ 60 para voltar para casa.
Os acusados averiguaram a conta bancária, dados do telefone, mensagens e fotos do autônomo. Nada foi encontrado.
A prisão
A PM de Roraima disse que deu ordem de parada a uma L200 branca, que ia de Iracema para Caracaraí.
Uma viatura de Mucajaí deu ordem de parada, mas o motorista desobedeceu fugindo em direção a Iracema.
Policiais então abordaram o veículo na BR-174, e ainda foram informados que o delegado responsável da delegacia especializada de roubos e furtos determinou a apuração do suposto minério no Amazonas.
A PM de Roraima então exigiu a ordem de missão, mas o acusado não mostrou e ainda disse ter informado à Central de Flagrantes de Boa Vista sobre a operação em Roraima, o que foi negado pelos agentes de Roraima, ocasião em que foram presos.
O caso segue em investigação e os nomes dos agentes foram mantidos em sigilo.