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Segurança que salvou jovens no Ninho do Urubu diz que extintores não funcionaram

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Rio de Janeiro – RJ| Três anos após o trágico incêndio no Ninho Urubu, que vitimou garotos da base do Flamengo, Benedito Ferreira, segurança, que ajudou a salvar três jovens, deu uma entrevista ao Fantástico. Na entrevista ele estava visivelmente emocionado e chegou a revelar que os extintores não funcionaram.

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“Eu não sou herói. Eu fiz o que estava lá para fazer. Não me considero herói. Me considero uma pessoa normal, que estava fazendo uma função e de repente me deparei com esse fato que vitimou esses 10 garotos”, disse Benedito.

O segurança lembra com detalhes o que aconteceu naquela madrugada que conseguiu salvar três garotos.

“Um garoto chegou para mim e falou: ‘tio, lá atrás está cheio’. Aí bateu o desespero, de saber como ia fazer para entrar. Não tinha mais como entrar. Quando chegava atrás, no quarto três, eu vi os garotos, tirei os dois. Me ajudaram a puxar o terceiro, que estava muito queimado. Quando o teto abaixou não tinha mais como fazer. Eu sentei e fiquei olhando aquela cena. Que nunca mais saiu da minha memória. Até hoje escuto eles gritarem, que está ardendo, socorro. Fica um sentimento de perda”, explica.

Um dos pontos abordados por Benedito foi o funcionamento dos extintores do CT no momento do incêndio. Na entrevista, o segurança afirmou que nem todos equipamentos funcionaram, o que é contestado pelo Flamengo, que se apoia no depoimento dado pelo próprio funcionário à polícia no dia do acidente (confira o posicionamento do clube abaixo).

  • Tinham extintores que não estavam funcionando. No início eu usei um extintor de pó químico. Um garoto que tava do meu lado tentou utilizar e não funcionou. Ele tentou me passar e também não funcionou, tentei um terceiro extintor e também não funcionou – disse, antes de seguir:
  • Não foi perguntado (sobre o funcionamento dos extintores). Só me foi perguntado como e se eu tinha utilizado extintor. (Falei que) Sim.

O POSICIONAMENTO DO FLAMENGO

Antes mesmo da veiculação da matéria no “Fantástico”, da TV Globo, o Flamengo divulgou um comunicado oficial em seu site na manhã deste domingo. No documento, a direção se diz espantada pelo espaço dado ao funcionário e contesta o depoimento dado pelo mesmo, o qual, segundo o clube, “narram uma visão pessoal dele, que não encontra amparo nos fatos, na lei e muito menos no inquérito criminal.”

O Flamengo também pontua que “disponibiliza para o funcionário tratamento psicológico e psiquiátrico, assim como lhe reembolsa o custo com as medicações” e que “nenhum funcionário foi impedido de circular pelo clube e tampouco proibido de falar com ninguém, muito menos com a imprensa”, entre outros pontos. Confira a íntegra da nota publicada pelo Flamengo abaixo.

“No último sábado (20), a Rede Globo de Televisão anunciou que será exibida, no programa Fantástico, uma matéria com o funcionário Benedito Ferreira, que estava presente e ajudou no resgate dos garotos no dia do incêndio no nosso Centro de Treinamento.

Na chamada da matéria, nos causou espanto que a reportagem tenha dado espaço à alegação do referido funcionário de que, dos extintores por ele usados, apenas um teria funcionado, já que, no depoimento prestado sob juramento às autoridades, esse mesmo funcionário narrou ter usado, inicialmente, dois extintores e, depois, outros três. Não houve, no entanto, nenhuma linha na fala dele à polícia sobre problemas com estes extintores.

Além disso, consta atestado nos autos do processo que os extintores estavam devidamente aferidos, testados e dentro do prazo de validade.

Assim, embora não se tenha conhecimento do teor completo da matéria, pela chamada é possível verificar que se trata de uma reportagem que constrói uma narrativa distorcida dos fatos.

O Flamengo anexa nesta nota, através deste link, o depoimento do referido funcionário e declara que vem prestando a ele todo apoio que um empregador grato e comprometido com a boa governança deve fazer.

O Clube informa que prestou à Rede Globo de Televisão todos os esclarecimentos necessários, tanto sobre os extintores quanto os que comprovam que o clube está agindo corretamente em relação ao funcionário Ferreira.

O Flamengo espera que a Rede Globo de Televisão analise corretamente todos os depoimentos prestados e os dados enviados pelo clube, no momento em que for preparada a edição final da matéria, para que esta não fique tendenciosa.

Reproduzimos abaixo as respostas enviadas à Rede Globo de Televisão, que seguiram exatamente a linha das perguntas feitas pela jornalista encarregada da reportagem:

  • O Flamengo esclarece que prestou toda assistência ao funcionário Benedito Ferreira, havendo suportado o funcionário, comprovadamente, em diversas situações, bem como o indenizado espontaneamente, por ter sido o único funcionário a apresentar sintomas de transtorno pós-traumático.
  • Os pontos levantados por ele na entrevista narram uma visão pessoal dele, que não encontra amparo nos fatos, na lei e muito menos no inquérito criminal.
  • Desde o acidente até o momento atual, o clube disponibiliza para o funcionário tratamento psicológico e psiquiátrico, assim como lhe reembolsa o custo com as medicações.
  • Benedito pediu para ser transferido para a Gávea, pois não gostaria de retornar ao CT, e foi prontamente atendido.
  • Não houve perda de receita ordinária (salário). A eventual perda decorreu da pandemia, como aconteceu com vários trabalhadores, haja vista que, com proibição de público nos estádios, o extra que era obtido com presença no quadro móvel nos jogos do Maracanã deixou de existir para a grande maioria das pessoas que trabalhavam nesses eventos. Além disso, outros eventos presenciais foram radicalmente reduzidos, razão pela qual o valor da remuneração de todos os empregados que obtinham extras nesse tipo de evento também foi reduzida ou perdida.
  • Nenhum funcionário do Flamengo foi impedido de circular pelo clube e tampouco proibido de falar com ninguém, muito menos com a imprensa.
  • Além disso, prova constante do inquérito criminal demonstra que todos os extintores estavam no prazo de validade, devidamente revisados e carregados.



Antes mesmo da veiculação da matéria no “Fantástico”, da TV Globo, o Flamengo divulgou um comunicado oficial em seu site na manhã deste domingo. No documento, a direção se diz espantada pelo espaço dado ao funcionário e contesta o depoimento dado pelo mesmo, o qual, segundo o clube, “narram uma visão pessoal dele, que não encontra amparo nos fatos, na lei e muito menos no inquérito criminal.”

O Flamengo também pontua que “disponibiliza para o funcionário tratamento psicológico e psiquiátrico, assim como lhe reembolsa o custo com as medicações” e que “nenhum funcionário foi impedido de circular pelo clube e tampouco proibido de falar com ninguém, muito menos com a imprensa”, entre outros pontos. Confira a íntegra da nota publicada pelo Flamengo abaixo.

“No último sábado (20), a Rede Globo de Televisão anunciou que será exibida, no programa Fantástico, uma matéria com o funcionário Benedito Ferreira, que estava presente e ajudou no resgate dos garotos no dia do incêndio no nosso Centro de Treinamento.

Na chamada da matéria, nos causou espanto que a reportagem tenha dado espaço à alegação do referido funcionário de que, dos extintores por ele usados, apenas um teria funcionado, já que, no depoimento prestado sob juramento às autoridades, esse mesmo funcionário narrou ter usado, inicialmente, dois extintores e, depois, outros três. Não houve, no entanto, nenhuma linha na fala dele à polícia sobre problemas com estes extintores.

Além disso, consta atestado nos autos do processo que os extintores estavam devidamente aferidos, testados e dentro do prazo de validade.

Assim, embora não se tenha conhecimento do teor completo da matéria, pela chamada é possível verificar que se trata de uma reportagem que constrói uma narrativa distorcida dos fatos.

O Flamengo anexa nesta nota, através deste link, o depoimento do referido funcionário e declara que vem prestando a ele todo apoio que um empregador grato e comprometido com a boa governança deve fazer.

O Clube informa que prestou à Rede Globo de Televisão todos os esclarecimentos necessários, tanto sobre os extintores quanto os que comprovam que o clube está agindo corretamente em relação ao funcionário Ferreira.

O Flamengo espera que a Rede Globo de Televisão analise corretamente todos os depoimentos prestados e os dados enviados pelo clube, no momento em que for preparada a edição final da matéria, para que esta não fique tendenciosa.

Reproduzimos abaixo as respostas enviadas à Rede Globo de Televisão, que seguiram exatamente a linha das perguntas feitas pela jornalista encarregada da reportagem:

– O Flamengo esclarece que prestou toda assistência ao funcionário Benedito Ferreira, havendo suportado o funcionário, comprovadamente, em diversas situações, bem como o indenizado espontaneamente, por ter sido o único funcionário a apresentar sintomas de transtorno pós-traumático.

– Os pontos levantados por ele na entrevista narram uma visão pessoal dele, que não encontra amparo nos fatos, na lei e muito menos no inquérito criminal.

– Desde o acidente até o momento atual, o clube disponibiliza para o funcionário tratamento psicológico e psiquiátrico, assim como lhe reembolsa o custo com as medicações.

– Benedito pediu para ser transferido para a Gávea, pois não gostaria de retornar ao CT, e foi prontamente atendido.

– Não houve perda de receita ordinária (salário). A eventual perda decorreu da pandemia, como aconteceu com vários trabalhadores, haja vista que, com proibição de público nos estádios, o extra que era obtido com presença no quadro móvel nos jogos do Maracanã deixou de existir para a grande maioria das pessoas que trabalhavam nesses eventos. Além disso, outros eventos presenciais foram radicalmente reduzidos, razão pela qual o valor da remuneração de todos os empregados que obtinham extras nesse tipo de evento também foi reduzida ou perdida.

– Nenhum funcionário do Flamengo foi impedido de circular pelo clube e tampouco proibido de falar com ninguém, muito menos com a imprensa.

– Além disso, prova constante do inquérito criminal demonstra que todos os extintores estavam no prazo de validade, devidamente revisados e carregados.

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