Um homem suspeito de ser “pirata do rio” identificado como Elbo Felipe da Silva foi assassinado a tiros e depois teve o corpo queimado pela população do município de Japurá (distante 744 quilômetros de Manaus), no final da tarde desta quarta-feira (6). Dois homens identificados como Nivaldo de Sousa e Francisco Gomes Ramos, que estavam na mesma lancha da vítima, foram presos pela polícia.
De acordo com a Polícia Militar do 4º Grupamento de Polícia Militar de Japurá, a população estava revoltada com os roubos em embarcações no porto da região e pegou o grupo quando eles pararam para abastecer. Eles foram acusados de serem piratas e na lancha foram encontrados dois rifles calibre 22, um rifle calibre 44 e 15 munições de calibre 22.
Vídeos mostram o momento em que um homem é baleado no meio da população, ainda no porto, na lancha. Essa vítima, segundo a polícia, seria Elbo. Após levar os tiros, ele teve o corpo incendiado pela população, no meio da rua.
Um outro homem identificado apenas como “Augusto” teria sido baleado também e caiu na água. No entanto, ele não foi encontrado. Apenas Francisco e Nivaldo foram presos, quase sendo linchados pela população quando a polícia chegou. Elbo já estava queimado e morto. Um outro homem conseguiu fugir numa outra embarcação.
Enquanto a polícia conduzia os homens para a delegacia, eles foram seguidos por populares que tinham o objetivo de invadir o local para retirar os presos e danificar o prédio público.
Segurança
Devido o cenário de revolta na cidade, na manhã desta quinta-feira (7) a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) enviou um efetivo policial entre civis e militares para reforçar o policiamento no município.
Oito agentes da Polícia Civil, sendo um delegado, um escrivão e seis integrantes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais do Amazonas (Core-AM) embarcaram no Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus.
O reforço também contou com oito policiais militares da Força Tática (FT), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), que embarcou no mesmo local.