Mais de 10 pessoas já foram ouvidas pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) acerca do assassinato da servidora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Silvanilde Ferreira Veiga, de 58 anos, encontrada morta a facadas no último sábado (21), no próprio apartamento, na Zona Oeste de Manaus. Além da nutricionista Sthephanie Veiga, filha da vítima, que a encontrou morta, o namorado da jovem, Igor Gabriel Melo e Silva, foi ouvido na tarde desta quarta-feira (25).
Stephanie Veiga foi quem encontrou o corpo e deu depoimento logo após o crime. De acordo com ela, uma mensagem de SOS foi recebida no celular e, após não conseguir contato com a mãe, ela confirmou com os porteiros que a mesma estava em casa. No entanto, ao chegar no apartamento em que as duas moravam, encontrou Silvanilde numa poça de sangue, de bruços.
O namorado, Igor Gabriel, ficou a esperando, segundo a polícia, no prédio. Nesta quarta-feira, ele deu depoimento e disse que a relação com a sogra era “muito tranquila”. Na saída, ele disse ainda que confiava no trabalho da Polícia Civil. O depoimento começou por volta das 10h e durou quase cinco horas.
As imagens de câmera de segurança do prédio de luxo foram recolhidas na manhã desta quarta-feira. Apesar de toda a burocracia para entrada e saída, além da segurança do condomínio, a DEHS ainda pediu cautela sobre as investigações e sobre os suspeitos.
Nada incomum
O advogado que representa Silvanilde, Cândido Onório, esteve novamente na DEHS e falou rapidamente com a imprensa. Segundo ele, no dia do crime não houve nada atípico. Stephanie contou que foi para a academia, como fazia todos os dias e, ao retornar para casa, fez o almoço para ela e a mãe.
A nutricionista saiu com o namorado pela tarde e inclusive a servidora do TRT chegou a mandar mensagem de áudio para a filha falando sobre um colágeno que Sthephanie havia comprado para ela.
“Silvanilde manda um áudio para Stephanie, que inclusive, é o último áudio que ela manda, falando ‘meu amor, eu tomei o colágeno, é muito gostoso, o sabor é muito bom’. Ou seja, ela estava muito tranquila”, revela o advogado do caso.
Cândido também revelou que, às 16h21, Silvanilde chegou a enviar um e-mail de trabalho para um colega que trabalhava com ela na 15ª Vara. Esse teria sido o último contato dela com alguém, antes de ser assassinada.
O perito do caso, Ricardo Grana, afirmou que a servidora levou 10 facadas no pescoço e que foi atacada por trás. Também não havia sinais de arrombamento no apartamento e nada foi levado. Sobre o celular, que estaria desaparecido, a polícia ainda não informou se foi encontrado.