Uma auxiliar de vendas processou e ganhou da Havan, após ser coagida a votar em Bolsonaro. O empresário Luciano Hang, dono das lojas, é bolsonarista raiz. Ela se disse perseguida e até ameaçada dentro da empresa. Hang disse que se Bolsonaro não ganhasse a eleição, ele fecharia a empresa.
O juízo de 1º grau fixou indenização por danos morais em R$ 30 mil. A empresa recorreu, e se perder, a indenização vai aumentar. A desembargadora Ivani Contini Bramante viu um vídeo no qual Luciano Hang aparece avisando aos funcionários, “com vistas a induzi-los a votar em seu candidato, eis que, do contrário, suas lojas seriam fechadas e todos perderiam seus empregos”.
Para a magistrada, a empresa “atingiu a honra da reclamante; a ofensa causou dano moral que deve ser objeto de reparação”.
Já a Havan nega coação. “Na avaliação do empresário Luciano Hang, a decisão trata-se de uma interpretação ideológica. Vamos recorrer e temos convicção que Justiça será feita em tribunal superior. A Justiça não pode ter um lado. As minhas considerações sempre foram em defesa do Brasil e de um país melhor para os brasileiros. Com dignidade e liberdade para todos”, afirmou a empresa.