O artista do Boi Garantido Leno de Souza desabafou em vídeo, nesta terça-feira (10), após ser demitido pela agremiação por reivindicar o pagamento atrasado. Na última sexta-feira (6), ele estava entre os trabalhadores que fizeram uma greve cobrando os valores da primeira parcela do contrato de 2022. O artista acredita que sofreu retaliação.
No vídeo, Leno diz que não fez nada de errado, não manchou a história do Garantido, mas apenas cobrou o seu e o direito dos colegas. Ele definiu o ato como uma ditadura.
“A pessoa não pode expressar o que sente. Na verdade não tem liberdade de expressão e é demitido por cobrar um direito da gente”, desabafou ele.
No sábado (7), após a reivindicação de Leno e outros trabalhadores, a primeira parcela foi paga. No entanto, Leno foi demitido logo em seguida.
De acordo com Leno, ele foi informado pelos vigias que não poderia mais voltar à Cidade Garantido. A ordem teria vindo do presidente, Antônio Trindade.
“Eles não estão tirando só um direito meu de trabalhador, mas o meu sentimento de ser Garantido, porque eu nasci e me criei dentro do Boi”, disse o artista, destacando que trabalhava há quase 20 anos para o boi vermelho.
Antônio Trindade é o atual presidente do Garantido e é ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Parintins.