Durante coletiva de imprensa sobre o início das obras do Programa Asfalta Manaus 2, no bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste, na manhã desta segunda-feira (2), o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) colocou a boca no trombone e criticou a atuação do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro Paulo Guedes em relação à defesa da Zona Franca de Manaus.
Sobre o decreto que modifica a Tabela do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), ele foi taxativo: “Se quisesse já tinha mudado”. A fala veio após o prefeito ser questionado sobre o diálogo com o governo federal e se ele mantinha apoio ao presidente.
“Tem gente que foi eleito com o voto do amazonense, do manauara, e não defende o emprego de vocês. Não defende o povo que os elegeu. E tem gente que é contra a Zona Franca e quer se eleger pra acabar com a Zona Franca. Eu vou falar em todos os bairros que eu for. Não tem conversa, não tem papo, é justiça”, inicia o prefeito.
Ao lado do governador do Amazonas, Almeida não poupou palavras. “Aqui não tem nenhum leso. Eu não sou otário, nem o povo do meu Estado. O cara teve 67% dos votos aqui. A gente não tem que ficar aplaudindo ele acabar com os nossos empregos”, afirmou.
Em seguida, David reforçou a falta de investimentos do direcionado pela União para Manaus que recentemente foi alvo do pré-candidato ao Senado, Coronel Menezes que, em texto divulgado à imprensa, afirmou que a fala do prefeito era “fake news”.
“Eu queria poder estar aqui falando: o presidente Bolsonaro, que teve 67% dos votos em Manaus, liberou R$ 1 bilhão pra gente asfaltar as ruas do Alvorada, mas isso não aconteceu. Não tem R$ 1 do governo federal aqui. Aqui têm recursos somente do governo do Estado e da Prefeitura de Manaus. Eu queria dizer aqui: o presidente Jair Bolsonaro defendeu os empregos da ZFM, isso não está acontecendo”.
“A minha posição com o Bolsonaro é essa. Eu votei nele, mas eu cobro ele. Ele tem que respeitar o povo que o elegeu. Essa é a minha posição”, concluiu o prefeito.