Após menos de um mês do incêndio criminoso que destruiu dois helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Deferal já conseguiu desarticular a organização criminosa responsável pelo crime e o mandante já foi preso. Trata-se o empresário milionário Aparecido Naves Junior, de 35 anos.
Segundo a PF, Aparecido é o principal suspeito de ter ordenado o ataque que incendiou as duas aeronaves do instituto, no último dia 26, no aeroclube de Manaus. A prisão do empresário ocorreu nessa quarta-feira (2), durante a operação Acauã, responsável por apurar os crimes de incêndio, dano qualificado e associação criminosa que causaram a destruição dos helicópteros que causou um prejuízo de R$ 10 milhões.
O empresário foi preso em um condomínio de luxo de Goiânia (GO), em uma casa avaliada em R$ 2,1 milhões. Além de Aparecido, foram presos durante a operação mais cinco pessoas que também estão envolvidas no crime.
De acordo com as investigações da PF, Aparecido pe dono de duas empresas e de aviões usados no garimpo ilegal da terra indígena Yanomami, em Boa Vista (RR) e também era dono de balsas que foram destruídas por agentes do Ibama recentemente, na região do rio Madeira, no Amazonas.
E foi justamente esta operação de destruição das balsas que serviu de motivação para o incêndio das duas aeronaves do Ibama.
Mais presos ‘famosos’
Além do milionário, também foram presos um produtor de eventos, conhecido como “TH” e um DJ conhecido como “Poderoso”. Eles são conhecidos na capital amazonense por promover festas, inclusive clandestinas.
Segundo as investigações a dupla foi responsável por contratar as pessoas que executaram a ação criminosa, identificados como Fernando Warlison Pereira, vulgo ”Seco”, e Arlen da Silva, conhecido como ”Mudinho”. A PF chegou até os criminosos pela placa do carro e características do veículo registradas por câmeras de segurança dos arredores do Aeroclube.