A vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia, na quinta, carimbou o passaporte de forma precoce, com seis jogos ainda a realizar (contando a partida suspensa contra a Argentina) e com a Seleção apresentando uma identidade definida, mas que ainda precisa de ajustes finos para conquistar o hexa.
O duelo na Neo Química Arena pode não ter sido dos mais empolgantes, como havia sido o último, contra o Uruguai, por exemplo. Mas novamente a Seleção mostrou solidez defensiva (não foi vazada em 68% dos jogos com Tite), combatividade e repertório tático, embora essa última virtude muitas vezes seja ignorada por parte do público e da crítica.
Em certa medida, foi graças à capacidade de variação que o Brasil conseguiu acuar a Colômbia em seu campo no segundo tempo e chegar ao gol da vitória.
Postados no 4-5-1 quando se defendiam, os visitantes criaram muitas dificuldades para o Brasil nos primeiros 45 minutos. Faltava aos donos da casa acelerar um pouco mais o jogo, trocar passes de primeira para tentar desmontar o bloqueio rival. Numa das raras vezes em que isso aconteceu, a bola saiu da esquerda para a direita, Raphinha serviu Danilo e o lateral-direito acertou a trave de Ospina, aos 35.
A Seleção também levou perigo em cabeçada de Marquinhos no último lance da etapa inicial, mas a Colômbia parecia mais incisiva, como nas chances criadas com Zapata e Luís Diaz. Picotado por faltas, o jogo era bastante equilibrado.
Já no segundo tempo o que se viu foi um Brasil dominante, com 62% de posse de bola e que finalizou oito vezes e só permitiu um chute do adversário. A pressão na retomada de bola no campo de ataque funcionou melhor e foi assim, forçando um erro na saída da Colômbia, que o gol da vitória foi construído.