Em mil dias de gestão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não tem nenhuma obra própria no estado do Amazonas. Ao longo de seu governo, Bolsonaro até chegou a inaugurar algumas obras no estado, mas todas foram projetadas e iniciadas ainda no governo de Dilma Rousseff (PT).
Além das obras que ficaram como herança do antigo governo, Bolsonaro inaugurou também uma ponte de madeira, no município de São Gabriel da Cachoeira. A obra foi construída pelo Exército Brasileiro e custou R$ 255 mil, porém, o evento que contou com a participação de Bolsonaro custou quase três vezes mais do que a própria obra, para sermos mais precisos, a festa de inauguração saiu por R$711 mil.
Inaugurações de outros governos
Neste ano de 2021, Jair Bolsonaro esteve no Amazonas para participar de outras inaugurações. Uma delas foi da expansão do Centro de Convenções Vasco Vasques. Outra obra que o presidente fez questão de estar à frente na inauguração foi da entrega das 500 unidades habitacionais, no conjunto Cidadão Manauara. Ambas as obras foram iniciadas no governo Dilma.
Promessas
Uma obra que é esperada por todos amazonenses é a recuperação da rodovia BR-319. O governo Bolsonaro prometeu entregá-la até o fim do mandato, mas não conseguiu sequer recuperar os primeiros quilômetros depois de Manaus.
O trecho que recuperou no ano passado, uma longa parte, apresentou rachadura na última semana e segue interditada parcialmente. Os 400 quilômetros considerados como os mais críticos não foram mexidos e nem tem previsão real para isto.
Caos na saúde
Em janeiro deste ano, quando o Amazonas passou pela falta de oxigênio nos hospitais devido a grande demanda de pacientes com Covid-19, o presidente Bolsonaro se omitiu, mesmo estando com o ministro da Saúde na época, Pazuello, na capital amazonense. Na ocasião dezenas de pessoas morreram por falta de oxigênio.
No lugar de oxigênio, Bolsonaro enviou para o estado uma série de remédios sem comprovação científica para o tratamento da Covid-19, como Invermectina e Cloroquina.
Sem comemoração
Por estas e outras, o Amazonas foi colocado de fora da agenda de eventos que o Governo Federal realizará até o dia 1º de outubro, para comemorar os feitos em mil dias de gestão.