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Cr1ança vítima de erro médico no Santa Júlia teve seis paradas cardíacas: ‘Sangu3 na boca e no nariz’

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A família de Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, que morreu após receber uma dosagem errada de adrenalina no Hospital Santa Júlia, em Manaus, no domingo (24), prestou depoimento 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Segundo a família, antes de morrer a criança sofreu seis paradas cardíacas. Eles pedem justiça.

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Família diz que Hospital Santa Júlia errou em medicação e menino de 6 anos com gripe m0rr3 em Manaus

De acordo com o relato do pai, o engenheiro mecânico Bruno Freitas, a criança estava com um quadro gripal, caracterizado por tosse seca e suspeita de laringite. A médica teria então prescrito o medicamento por via intravenosa: três doses de 3ml a cada 30 minutos. A família estranhou a nova forma de aplicação, já que o menino só havia recebido o remédio por nebulização, em outras vezes que teve o mesmo quadro.

“Meu filho nunca tinha tomado adrenalina pela veia”, afirmou Bruno, complementando que a própria técnica de enfermagem responsável pela aplicação teria confessado nunca tê-lo administrado por essa via, mas seguiu a prescrição médica. Imediatamente após a primeira dose, o estado de Benício se agravou.

O pai descreve que o filho se queixou à mãe de uma sensação de queimação no coração. A situação piorou rapidamente, com a queda nos níveis de oxigenação, obrigando a transferência da criança para a sala vermelha. Foi o início de uma sequência angustiante de eventos.

Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), durante a tentativa de intubação, Benício sofreu as primeiras de um total de seis paradas cardíacas. Bruno relembra o momento de desespero em que se ajoelhou para orar, suplicando pela vida do filho. Na sexta parada, contudo, o menino não resistiu. “Ele começou a cuspir sangue pela boca e pelo nariz. A enfermeira que fazia a massagem chegou a parar, e eu perguntei se precisava de ajuda”, lembrou o pai.

O óbito foi oficialmente confirmado às 2h55 de domingo. A família atribui a morte a um erro médico grave, argumentando que a dosagem prescrita era inadequada para o quadro do paciente e que a equipe envolvida no atendimento demonstrava inexperiência, citando uma técnica recém-contratada e uma médica que estaria despreparada.

Procurado, o Hospital Santa Júlia emitiu uma nota informando que realizará uma análise técnica minuciosa de todas as etapas do atendimento, que será conduzida pela Comissão de Óbito e Segurança do Paciente da instituição.

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