Uma mulher de 43 anos, já condenada anteriormente por latrocínio, teve a prisão temporária decretada nesta terça-feira (10) como suspeita de assassinar o fisiculturista Valter de Vargas Aita, de 41 anos, com quem era casada. O crime ocorreu no último domingo (7), no apartamento do casal, no centro de Chapecó (SC), e chocou a comunidade local.
De acordo com a Polícia Civil, vizinhos relataram uma intensa discussão no início da manhã. Pouco depois, Valter foi visto por uma moradora – através do olho mágico – ensanguentado e sem roupas, tentando deixar o prédio. Ele desfaleceu nas escadas do condomínio, deixando um rastro de sangue pelo caminho. A perícia identificou múltiplos golpes de faca em seu abdômen, costas, rosto e pescoço.
A suspeita também foi encontrada ferida dentro do apartamento, com cortes provocados por faca, e foi levada em estado grave para um hospital local, onde permanece sob custódia policial. Ela já cumpria um mandado de prisão em aberto no Rio Grande do Sul, onde havia sido sentenciada a 15 anos de reclusão por latrocínio.
Em depoimento, a mãe de Valter, Geci de Vargas Aita, relatou que a nora teria ameaçado o filho anteriormente. “Ela dizia que tinha que se casar com Valter e chegou a ameaçar dizendo que tinha capangas para mandar matá-lo”, contou. Ela ainda descreveu o filho como uma pessoa “de bom coração” e dedicada ao fisiculturismo.
Amigos do personal trainer, incluindo a colega de trabalho Camille, expressaram surpresa ao saber que ele era casado. “Ele dizia estar solteiro e compartilhava sonhos e planos conosco”, afirmou.
O corpo de Valter foi transladado para Santa Maria (RS), onde foi sepultado. As investigações, ainda em fase inicial, buscam determinar a motivação do crime e avaliar a possível participação de terceiros. A suspeita poderá responder por homicídio qualificado.
