O terreno nos fundos do antigo prédio da cadeia Raimundo Vidal Pessoa, localizado no Centro de Manaus, é uma área largada e abandonada pela Prefeitura, servindo de abrigo para usuários de drogas e palco constante de violência. Foi nesse local que o psicólogo e professor universitário Manoel Guedes Brandão, de 41 anos, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (21).
Manoel estava desaparecido desde a madrugada de domingo (20), após sair de uma festa junina. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ele atravessa a rua próxima ao local do crime por volta das 6h15 da manhã. O corpo foi encontrado por um catador de latinhas em uma área de mata, apresentando sinais de estrangulamento e marcas de mordidas. A causa da morte será confirmada pela necropsia.
Nas redes sociais, moradores lamentaram a tragédia e criticaram o abandono do local pela gestão do prefeito David Almeida. “O centro da cidade está uma verdadeira Cracolândia. Ninguém faz absolutamente nada! Neto Brandão era uma pessoa maravilhosa, não mexia com ninguém. Era na dele, muito estudioso e educado. Fizeram essa maldade com ele, uma pessoa que levava a cultura do estado tão a sério! Isso não pode ficar impune!”, comentou um usuário.
Outro afirmou: “Infelizmente essa área da antiga penitenciária, praça e PAC está abandonada, servindo de abrigo para usuários de droga, lamentável! Uma área tão linda, deveria ser bem aproveitada!”
A insegurança também é destaque: “Aquela área da penitenciária é muito perigosa… os noiados roubam até os estudantes do IFAM à noite na parada em frente ao IFAM.”
A morte de Manoel expõe o descaso da Prefeitura de Manaus com o Centro, região que, apesar dos anúncios de revitalização, continua deteriorada e vulnerável à criminalidade.