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Após emprestar R$ 2 bilhões e reajustar tarifas, David Almeida reclama que Manaus é endividada: ‘R$ 10 bilhões’

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O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), caiu em contradição nesta  quinta-feira (27), durante o lançamento do Programa Dívida Zero. Dois dias após conseguir na Câmara Municipal de Manaus um empréstimo de R$ 2 bilhões, disse que a cidade não tem saúde financeira e hoje deve R$ 10 bilhões na praça.

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A fala do prefeito foi duramente criticada pelos manauaras, que questionam o fato de um município em débito estar fazendo empréstimo para aumentar ainda mais a dívidas que será paga pelo povo nos próximos anos. “Divida que ele mesmo fez e dividiu com familiares e os vereadores da base”, comentou um internauta.

Desde o início do ano o prefeito tem recorrido ao contribuinte para estancar uma sangria sem fim. Nessa conta estão reajustes que pesam no bolso do cidadão, incluindo os da tarifa de água, passagem de ônibus e IPTU.

No transporte público a conta é salgada.

A Procuradoria-Geral do Município (PGM) entrou com o pedido de suspensão da liminar que impede o reajuste da tarifa, concedida pela Justiça do Amazonas. O relator do caso, ministro-presidente do STJ, Antonio Herman, questionou a Prefeitura sobre dois pontos: se a renovação da frota faz parte do contrato das concessionárias e se está condicionada ao aumento da tarifa; e se é verdadeiro que Manaus poderá ter uma das maiores tarifas entre as capitais do país caso o reajuste seja autorizado.

A promotora de Justiça Sheyla Andrade, titular da 81ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), afirmou que a resposta do Ministério Público ao STJ já está em desenvolvimento. Segundo ela, a postura da Prefeitura demonstra que não há interesse em discutir melhorias no transporte coletivo.

O requerimento pretende reajustar a passagem, de R$ 4,50 para R$ 5,00.

Tarifa de água onerosa 

A tarifa de água em Manaus teve um reajuste de 12% em 2025. Segundo a Águas de Manaus, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto, esse é um acordo anual com a Prefeitura de Manaus.

Apesar do reajuste, a cidade continua com péssima qualidade de tratamento de esgoto, enfrentando abastecimento irregular e ainda cobrando taxa extra de saneamento que não chega às residências.

Incluindo alagamentos, lixo nas ruas e transtornos a cada chuva que cai sobre a cidade.

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Aumento do IPTU 

A Unidade Fiscal do Município (UFM) – base para cálculo de impostos e multas, também foi reajustada.

Isso incluiu aumentos de 3,9%, subindo os valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Alvará, Imposto Sobre Serviços (ISS) e outros impostos.

A UFM é o índice base para cálculo dos tributos municipais, multas, penalidades tributárias e administrativas da Prefeitura de Manaus.

O aumento, segundo a prefeitura, leva em consideração variação do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), verificado entre os meses de novembro de 2023 a setembro de 2024.

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